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“O preconceito só vai acabar quando virar questão de educação”, diz Carlos Tufvesson

O estilista e agora militante em tempo integral Carlos Tufvesson deu uma entrevista para a revista "Quem Acontece" dessa semana.

Tufvesson, que é o diretor da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio, falou sobre bullying e o casamento que pretende oficializar no próximo mês.

"Como sempre lutei por isso, não caberia eu mesmo não comemorar. Mas foi o André quem me pediu em casamento", disse o estilista. Ele e o arquiteto André Piva vivem juntos há 16 anos e irão assinar o contrato de união estável com um festão em novembro.

Mas, o estilista não se conforma em apenas ter o direito da união estável e não do casamento. "A união estável não muda o estado civil da pessoa. Não posso me conformar, senão vou estar me considerando um cidadão de segunda classe", disse.

Tufvesson relembrou os tempos de escola, quando era vítima de bullying. "Sofri bullying na escola, não só porque me chamavam de viadinho, mas porque era muito branco também". Ele acredita que isso o ajuda hoje no seu trabalho à frente da Coordenadoria. Para ele, o preconceito só vai acabar "quando virar questão de educação".

"Um garoto com 9, 10 anos que vai à escola sabendo que vai sofrer bullying, começa a sofrer doenças psicossomáticas para não ir a escola. São raros os homossexuais que não passam por isso", afirmou Tufvesson.

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