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O primeiro amor

Eu tinha apenas 12 anos e era uma criança muito feliz. Pelo menos era o que as pessoas diziam para minha mãe.

_Rosa seu filho é alegrinho você não acha? [Alegrinho eu?]

FATO: Alegrinho é um termo que senhoras (a maioria envangélicas) usam para dizer que uma criança tem trejeitos ou é efeminada.

Desde pequeno eu não saía de perto do meu primo. O nome dele e Lucas, ele tem minha idade e um dia o vi pelado. (Era o maior PAU que eu já havia visto)

Paizinho devo lhe informar que você me deixou uma herança terrível, além de um pintinho, [Sabe o que são 15cm?] uma apavorante bunda peluda. E… Maezinha, não chore. Eu tive que depilar. Se te conforma, eu fiz isso a semana passada e usei o gilete do papai.

Foi meu primo também que me ensinou a punhetar. Ele era o menino mais bonito do mundo, tinha um irresistível estilo skatista e me levava para o alto de uma árvore.

FATO: São sempre os primos que nos ensinam a punhetar e uma grande porcentagem de gays perde a virgindade com eles. [Por que isso não aconteceu comigo?]

Lucas, você também é culpado por eu me matar aos poucos. Você me mostrava aquele PAUZÃO. Porque não me obrigou a chupar? Porque não me comeu a força? [Isso parece tão comum…]

Um dia, Lucas dormiu na minha casa e acreditem. Achou uma camisinha na minha gaveta. Em seguida, me disse:

_Você quer que eu coloque?

E eu respondi todo alegrinho.

_Sim.

Depois de fazer toda a encenação, ele dormiu.

A cena (um pinto excitado entrando numa camisinha apertada) me fez gozar por 3 anos. Eu tinha certeza [Ainda tenho], ele é o homem da minha vida.

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