Não que eu ache isso a melhor coisa do mundo, mas o primeiro homem que eu beijei foi um negro de 1,90 m de altura [Ta bom. Eu admito. Acho isso a melhor coisa do mundo. Eu não posso ver um afrodescendente que fico louquinho].
FATO: O Fetiche por negros e pelo sexo interracial existe desde que eles eram escravos. Dizia a lenda que o PAU deles é enorme. Mesmo sabendo que tudo isso é pura imaginação ou preconceito barato, não há como negar que a pegada deles é outra.
Ricardo não era nem bonito nem feio. Conheci-o numa sala de bate-papo quando ainda estava no primeiro ano da faculdade de letras. Conversamos um dia e eu achei que ele era o cara certo para uma missão que parecia impossível (me beijar).
Marcamos no metrô Paraíso e de lá iríamos a um coquetel na Casa das Rosas. [Você lembra que se atrasou 1h e 20 minutos? Afinal por que eu não fui embora?]
– Então, Cadu… Eu nunca beijei homens, mas estou a fim de ficar com você. Será que tem algum lugar escondido por aqui? [Devia ter desistido quando ele veio com esse papinho]
– Eu tenho uma banda de reggae. [Ai meu Deus. Eu te quero agora]
Fomos andando até o vão do MASP e sentamos na muretinha, conversamos um pouco e… Devo informá-los que foi o melhor beijo da minha vida. Com direito a estrelinhas e platéia.
Paizinho, eu sabia que você era preconceituoso, mas não foi pessoal. E, mãezinha não chore. Ele não quis me comer, não me levou pro motel, foi só um beijo.
Eu liguei para ele no dia seguinte, não uma, mas 12 vezes. Em uma delas o irmão dele atendeu. Disse que o celular não era dele. Ricardo também nunca mais falou comigo.