Aguinaldo Silva, autor da próxima novela das 21h "Fina Estampa", em entrevista à revista Veja mostrou mais uma vez seu lado polêmico. O autor declarou que a capacidade intelectual dos telespectadores está cada vez mais "bolsa família".
Durante a entrevista, Aguinaldo Silva é questionado sobre o que mais afasta o público da novela. Sem titubear, Silva responde que o púbico não aguenta mais ver "viado" em novela. "O povo não aguenta mais viado em novela. Chega! Tem muito. Tem novela que tem seis viados", declarou o autor, que também criticou o fato de "geralmente os gays [das novelas] são todos iguais. São cópias dos héteros: querem casar, ter romance, engravidar e parir um filho em nove meses. São gays chatos", alfinetou.
O novelista diz ainda que está irritado com a cobrança do beijo gay. Em seu novo trabalho, o personagem interpretado por Marcelo Serrado, será um gay afetadíssimo. "Acho que tem uma torcida para que o beijo gay não aconteça, para que o assunto continue durando, mas as pessoas não aguentam esse assunto e, se depender de mim, ele acabou. A novidade é essa: não vai ter beijo gay em ‘Fina Estampa’, pode escrever", adiantou.
Apesar do tom crítico, Aguinaldo Silva afirmou que os gays do Brasil são ousados. "Não tem lugar no mundo em que os gays sejam mais ousados do que no Brasil. Aqui os gays não respeitam as fronteiras. Eles chegam no hétero e cantam mesmo, e se colar, colou. Porém, existe essa hipocrisia de você não poder mostrar um beijo gay na televisão. Por debaixo do pano vale tudo, mas publicamente é essa coisa hipócrita. A sociedade brasileira é assim e a TV não quer correr o risco de perder o público", declarou.
As alfinetadas sobraram até para a postura de ONGs LGBTs. "Tem um grupo gay da Bahia que diz que eu sou o inimigo número um dos homossexuais. Dizem que nas minhas novelas os homossexuais são estereotipados. Essas entidades são todas um saco, todas elas têm interesses econômicos, vivem à custa do governo ou daquelas empresas alemães que por má consciência financiam qualquer coisa".