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O que é o amor afinal?

Hoje vou me dar ao luxo de filosofar um pouco e para isso nada melhor do que pensarmos no tema mas controverso do mundo: o amor. O que é o amor afinal? Será ele só desejo?

Dizem que amor a primeira vista existe e acredito que é verdade. De repente, aquele estalo, um clic, e pronto, estamos apaixonados. Mas o que é afinal esse clic, de onde ele vem?

Será que podemos atribuir ao momento de vida que nos encontramos ou mesmo as circunstancias que geraram o encontro com o “ser”, alvo da paixão, a causa deste estado?

Esses dois fatores são preponderantes. Existem pessoas que estão calmas, felizes e, de certa forma, em paz com suas vidas e de repente um encontro e o clic. Não há a partir desse momento mais calma, nem felicidade e muito menos paz. O apaixonado não tem olhos para mais nada, nem para si mesmo, só existe o ser, alvo da paixão.

Tenta, desesperadamente lembrar-se de cada detalhe que constrói essa pessoa: um olhar, um gesto, a boca, o cheiro, a cor, o que faz, o que gosta, como é…tudo suposições, são só imagens, nada mais. As imagens que constrói vão sendo, a partir de então, a própria vida do apaixonado. Ele acorda e pensa naquele ser, que como uma divindade toma conta de tudo que ele é ou pensou ser um dia.

Aquele toque que o surpreendeu, aquele olhar fora de hora, aquele sorriso tão lindo! Ai… que sofrimento é a paixão. Começam então os questionamentos: por que preciso disso? Eu era feliz e agora estou sofrendo, por quê? Eu era mesmo feliz? O que faltava em minha vida? O que esse ser tem que me deixou assim?

A grande questão é: por que você está assim? O que o outro pode ter que te completaria e te traria a felicidade? Na verdade, não sabemos ao certo o que é esse estado e o por quê o criamos, talvez seja somente para termos certeza de que estamos vivos e por isso amamos, mas , ao contrário do que muitas de minhas colegas psicólogas diriam, eu digo: vivam essa dor, só assim compreenderão o que é esse desejo. Não sei se viverão essa paixão de forma literal, carnal, mas o fato é que já vivem. Entreguem-se.

As consequências disso ficam para um próximo capitulo, quem sabe, apenas vivam. E se tiverem oportunidade de falar para o “ser” em questão, que estão completamente apaixonados, façam. O orgulho também é uma escolha. Porém, a escolha pela chance em viver este grande amor, pra mim, ainda é melhor.

Quem quiser dar uma aprofundada no tema recomendo um livro maravilhoso: “Fragmentos de um discurso amoroso”, de Roland Barthes.

Grande abraço e paixões.

* Regina Claudia Izabela é psicóloga e psicoterapeuta. Para enviar suas dúvidas, escreva para claudia@dykerama.com.

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