O fenômeno do ‘Recession Pop’ está voltando a ganhar destaque na cena musical, especialmente entre os millennials e os jovens da geração Z. Esse termo, que se tornou popular nas redes sociais como TikTok e X (antigo Twitter), refere-se a um estilo de pop que fez sucesso no final dos anos 2000, com músicas que convidavam os ouvintes a dançar e aproveitar o momento, como “Just Dance” de Lady Gaga, “TikTok” de Ke$ha e “California Girls” de Katy Perry.
Esse estilo musical surgiu em um período marcado pela recessão econômica de 2008, oferecendo às pessoas uma forma de escapismo através da música e da dança. Bill Werde, diretor do Programa de Negócios Musicais da Universidade de Syracuse, destaca que a música sempre foi uma válvula de escape em tempos difíceis. “É comum que, em momentos de crise, as pessoas busquem canções alegres e dançantes que ajudem a aliviar o estresse”, afirma.
Atualmente, muitos artistas novos, como Charli XCX, Sabrina Carpenter, Tyla e Tate Mcrae, estão trazendo uma nova onda de ‘Recession Pop’, com suas músicas animadas que ressoam com o público em um momento de incertezas políticas e econômicas. Além disso, artistas consagrados, como Lady Gaga e Ke$ha, estão lançando novas músicas que lembram sua antiga popularidade, criando uma conexão nostálgica com os fãs.
A busca por músicas que tragam de volta a sensação de felicidade e escapismo é especialmente forte entre os millennials, que viveram intensamente essa era musical. Para os mais jovens, esses novos e antigos artistas representam uma maneira de enfrentar a inquietação do mundo atual, oferecendo um alívio através da música. Werde observa que, apesar de estarmos em um período polarizado, a tendência é que a música pop se torne mais dançante e escapista, ajudando as pessoas a desviar a atenção das dificuldades que enfrentam no dia a dia. Assim, o ‘Recession Pop’ não é apenas uma nostalgia, mas uma resposta natural à turbulência que muitos sentem atualmente.