O presidente Barack Obama resolveu aproveitar o encontro que teve com Papa Francisco, nos EUA, na quarta-feira (23) para abordar assuntos ainda considerados tabus pela Igreja Católica. E levou homossexuais e transgêneros no encontro.
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Na quarta-feira (23), Francisco foi recebido pelo presidente na Casa Branca e conversaram sobre imigração e a justiça social – além de compartilharem valores, eles querem transformá-los em ações.
Em meio a 15 mil pessoas, Barack Obama colocou o Papa diante ativistas transexuais, o primeiro bispo episcopal assumidamente gay do país (Gene Robinson) e uma freira que lidera um grupo contra a condenação do abordo e da eutanásia.
Margie Winters, a professora que foi demitida de um colégio católico na Filadélfia por ser cada com uma mulher, também é uma das convidadas do evento. "Espero que o papa coloque em sua agenda os problemas que enfrentam os gays católicos durante sua visita nos EUA", disse ela, que tem o objetivo de "levar sua mensagem de inclusão".
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De acordo com a mídia internacional, o Vaticano não gostou nada da lista e da saia-justa. Até porque Francisco só havia se encontrado com a comunidade LGBT em cerimônias fechadas ou de maneira discreta, sem mencionar se tratar de membros da diversidade sexual ou de gênero. Apesar da presença, a questão LGBT – ponto de divergência entre os dois – não foi discutida.
Obama presenteou o Papa com uma escultura em metal de uma pomba para honrar a "defesa incansável dos mais vulneráveis" no mundo todo, segundo a Casa Branca. A ave, que é símbolo internacional da paz, é o “símbolo cristão do Espírito Santo", observou um funcionário da Casa Branca, segundo a EFE.