Florianópolis já se tornou um dos destinos preferidos por gays e lésbicas no verão. Com uma boa infra-estrutura de hotéis e pousadas, a capital catarinense atrai por suas belas praias, povo hospitaleiro e atrações para todos os gostos e bolsos.
Para o Carnaval, os agitos na cidade estão mais que garantidos. André Almada promete aterrissar com sua The Week Florianópolis. Na Praia Mole, a barraca do Deca continua reunindo uma imensidão de gays e lésbicas que transformaram o local em seu reduto preferido. Os dois principais clubes da capital – Concorde e Mix Café – também preparam uma programação especial para esta época do ano.
Mas se você não é muito adepta de grandes aglomerações e prefere curtir o que Floripa tem de melhor – a natureza – o Dykerama.com selecionou três roteiros imperdíveis para fugir do agito (e do óbvio) na capital catarinense. Tenha uma única certeza: você não vai se arrepender!
Naufragados
Naufragados, localizada no extremo sul da ilha, merece uma visita de um dia inteiro. Vá cedo para aproveitar o sol e as águas mornas dessa praia paradisíaca.
O nome Naufragados surgiu de um episódio ocorrido com um grupo de imigrantes açorianos, em 1753, que, seguindo determinações da Corte Portuguesa, partiriam em dois navios para o Rio Grande do Sul. Uma tempestade inesperada na costa da Ilha de Santa Catarina, porém, fez com que as naus fossem a pique, próximas da ponta de Naufragados, sobrevivendo apenas 77 pessoas. Algumas contudo, prosseguiram para o Rio Grande do Sul, outras permaneceram na Ilha.
Uma das grandes atrações dessa praia é um farol, construído na segunda metade do século XIX. É possível entrar nele e lá de cima tirar lindas fotos do local.
O acesso a Naufragados se dá de duas maneiras: por trilha, que tem início no final da Caeira da Barra do Sul, ou por barco (o passeio custa em média R$ 7 por pessoa). Se for por barco, você vai avistar a ilha de Araçatuba, onde está a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, de 1744.
Na praia, a infra-estrutura é mínima – há apenas um restaurante que serve pratos, petiscos e bebidas. Portanto, o conselho é levar alguma coisa para comer e beber.
Distância da praia ao centro: 42 km. Há alguns estacionamentos localizados antes da entrada da trilha – todos cobram R$ 7.
Ilha do Campeche
Localizada a sudeste de Florianópolis, em frente à Praia do Campeche, a ilha possui um rico ecossistema e abriga representativa parcela do patrimônio arqueológico do Estado de Santa Catarina. Formada por costões e morros recobertos de Mata Atlântica, possui uma única praia com areia fina e extremamente clara. O mar, que tem coloração variando entre verde e turquesa, possui poucas ondas, agradando a mergulhadores e crianças.
A Ilha do Campeche foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan como Patrimônio Histórico e Ecológico da Nação.
Os barcos que chegam à Ilha atracam na Praia da Enseada. Com cerca de 800 metros, esse é o único reduto em que os visitantes podem ficar. Para conhecer os costões, os sítios arqueológicos e os monumentos rochosos é necessário fazer uma das várias trilhas monitoradas.
O acesso à Ilha do Campeche se dá por meio de barcos. Há três pontos de saída de barcos:
a partir da praia da Armação, o passeio dura aproximadamente meia hora. A partir do Pântano do Sul, quarenta minutos. E a partir da Barra da Lagoa, uma hora e quinze minutos. Os valores variam entre R$ 15 e R$ 35 por pessoa, dependendo do local de saída.
Como o limite máximo de visitantes na ilha é de 500 pessoas, recomenda-se chegar cedo – na Armação, os barcos saem a partir das 8h30.
Lagoinha do Leste
Um dos últimos redutos de Mata Atlântica ainda preservados em Florianópolis, o Parque Municipal da Lagoinha do Leste foi criado por lei em 1992 e compreende uma área de 453 hectares de beleza exuberante. A melhor maneira de chegar à Lagoinha do Leste é a pé. De carro é impossível, não há estrada. Pode-se também ir pelo mar, com desembarque precário por causa da rebentação.
Há duas opções de trilha, cada uma com suas vantagens. Para chegar mais rápido, pode-se fazer a caminhada em uma hora a partir da comunidade do Pântano do Sul, passando pelo meio do mato e dos morros. É o acesso mais utilizado pelos visitantes. O chão é pedregoso e irregular, mas fácil de andar se você prestar atenção onde pisa. Depois da subida, tem-se a surpresa de uma vista fabulosa da Lagoinha. Aí é só descer e afundar os pés na areia da praia.
Os barcos para Lagoinha do Leste saem da comunidade do Pântano do Sul, com preços variando de R$ 7 a R$ 10 por pessoa.
Como chegar: Através de duas trilhas, uma com início na Praia do Matadeiro e outra com início na comunidade da Praia do Pântano do Sul.
Distância da praia ao centro: 34 km.
* Com informações do site Guia Floripa