O alto oficial da Hisbah em Kano, na Nigéria, Idris Gama, defendeu os direitos LGBT e pediu emendas legislativas para garantir a proteção e igualdade dessa comunidade. Em um movimento surpreendente, Gama, conhecido por sua posição de destaque na instituição responsável pela aplicação da lei Sharia, afirmou que os direitos dos indivíduos LGBT devem ser respeitados e protegidos como qualquer outro direito humano.
Durante uma conferência realizada recentemente, Gama destacou a necessidade urgente de reformar as leis vigentes que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo, argumentando que tais leis são discriminatórias e violam os princípios básicos de igualdade e justiça. Ele apontou que a perseguição e a marginalização da comunidade LGBT têm consequências devastadoras, incluindo a violação de direitos humanos fundamentais e o aumento da vulnerabilidade dessa população a abusos e violência.
Gama também enfatizou a importância de educar a sociedade sobre a diversidade e a aceitação, promovendo uma cultura de respeito e inclusão. Ele argumentou que a mudança legislativa deve ser acompanhada por campanhas de conscientização e programas educacionais para combater o estigma e os preconceitos enraizados.
A declaração de Gama gerou reações mistas, com ativistas de direitos humanos e organizações LGBT aplaudindo sua coragem e visão progressista, enquanto setores mais conservadores expressaram desaprovação. No entanto, a fala de Gama marca um passo significativo na luta pelos direitos LGBT na Nigéria, um país onde as leis contra a homossexualidade são severas e a discriminação é amplamente prevalente.
Este desenvolvimento ressalta a importância do apoio institucional e das iniciativas legislativas para avançar os direitos LGBT e promover uma sociedade mais justa e igualitária. A defesa de Gama pelos direitos LGBT pode influenciar positivamente o debate público e estimular outras figuras influentes a se juntarem à causa, contribuindo para um futuro onde todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero, possam viver com dignidade e respeito.