A Comissão de Direitos Humanos aprovou, por 10 votos a 6, na quarta-feira (15) uma audiência pública que vai escutar nove pessoas que se dizem "ex-homossexuais".
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A proposta é de autoria do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que diz que tais pessoas são alvo de discriminação e que são vistas como "fingidores", tanto de gays quanto de héteros.
"Assim, os homossexuais e os heterossexuais consideram os ex-LGBTTs mentirosos, dissimulados e até mesmo doentes mentais", afirmou Feliciano.
Dos nove convidados, cinco são homens e quatro mulheres – sendo três pastores, um cantor evangélico, uma missionária, uma psicóloga e um estudante de psicologia.
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Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Articulação Brasileira de Gays, Léo Mendes declarou que dizer que pessoas são ex-homossexuais é uma inverdade. "Eles nunca foram homossexuais. São bissexuais que, neste momento, podem estar vivendo a heterossexualidade".
Mendes diz que não existe preconceito com estas pessoas e questiona o tipo de visibilidade que Feliciano quer com a ouvidoria. "O que não admitimos é tratar a homossexualidade como doença e querer curá-la, como tem sido a intenção do deputado por trás dessa ação".