Christopher Ciccone, que é mundialmente conhecido como o irmão gay de Madonna, surpreendeu muita gente ao defender nas redes sociais a funcionária Kim Davis, que ganhou as manchetes na última semana após se negar emitir uma certidão de casamento a um casal gay (e ser presa!).
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Segundo ele, a mulher tem todo o direito de se negar a trabalhar com casais formados do mesmo sexo, caso a sua religião seja contra. Mesmo quando isso seja um direito previsto em lei ou pareça ter caráter homofóbico.
"Será que é tão difícil deixar essa mulher seguir a sua religião? (…). Os direitos que conquistamos não valem nada se negamos ao outro o direito de usar os seus", escreveu Christopher. Ele ainda diz que a mulher presa por homofobia merece o "mesmo apoio que uma mulher muçulmana deve ter sobre cobrir o rosto com uma burca. "Desde quando somos árbitros da fé de outros povos?".
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O discurso foi replicado em vários sites, choveram críticas da comunidade LGBT e elogios de conservadores. Consideraram que não há nada mais contraditório que defender o direito a liberdade de um discurso com caráter homofóbico, se levarmos em conta que é ele que visa negar um direito conquistado. E que os fiscais da vida e da sexualidade alheia aparecem geralmente na pele de religiosos fundamentalistas.
Vale lembrar que Christopher lançou o polêmico livro “A Vida com Minha Irmã Madonna”, em 2008, em que relatava detalhes polêmicos da vida em família e chamou a irmã famosa de “controladora”. Madonna chegou a ficar irritada e teria perdoado o irmão em 2012. Em entrevista neste ano, ela declarou que soube que Christopher era gay desde cedo, mesmo antes de conhecer a palavra “gay”. “Havia compreensão”.