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Olho por olho e o mundo acabará cego!

Nesta segunda eu estava bem chateado. Fui destratado por um amigo, um que não merece minha amizade, mas que eu sou amigo. Fui pra casa meio humilhado, trocado, bem azedo, com raiva. Pensando em como eu poderia retrucar o desaforo, o que eu deveria fazer de mais certo e mais explosivo, queria dar o troco! Nos primeiros minutos eu sou bem assim, fico com muita raiva. 

Então cheguei em casa, já era 10 da noite, e fui acalmando. Depois queria chorar, mas não consigo. Pensei na minha aliada, a TV, e fui passando por diversos canais procurando um filme triste. Quando que de repente, parece que por mágica, escuto a apresentação do filme que passaria naquele próximo minuto no canal Cinemax, dizia: "… o drama ganhador de 8 Oscars que conta a vida de Gandhi …", pareceu mandado!

Fiquei muito contente com o filme. Sempre tive curiosidade sobre quem foi Mahatma Gandhi, que a meu ver foi uma espécie de Lula da Índia. De uma forma que eu fiquei muito surpreso e me deu outra perspectiva de como resolver os problemas da vida.

Pra explicar melhor pra quem não o conhece, peguei na Wikipédia uma descrição: "… um influente defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução…"

As cenas do filme são impressionantes. Gandhi, nascido em 1869, indiano, formou-se advogado na Inglaterra, lutava contra preconceitos na África do Sul, depois pela libertação da Índia dos Ingleses e depois contra as brigas de Hindus e Muçulmanos.  

A grande lição de tudo é a forma que eles protestavam. Baseava-se em não revidar a violência, em dar a outra face a tapa para o agressor. Então quando vinha o exercito com cavalos, eles deitavam no chão. Quando vinham com espadas, mesmo estando em maior número, eles ficavam parados e apanhavam. Ele chegou a fazer greves de fome por vários dias pedindo que parem com a violência e outras. Ele liderou mais de 250 milhões de hindus.

As cenas são chocantes, e serve pra lembrar algo que não precisa ser muito inteligente pra saber. Revidar não é bacana. Temos que impor o que nosso de direito, mas cometer os mesmos erros que reclamamos é pura burrice. Então não espero fazer voto de pobreza nem tecer minhas próprias roupas, mas lembrar dele nos momentos difíceis, ler um pouco mais sobre ele, já estou procurando algumas publicações e quem sabe me influenciar por ele.

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