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ONG de Brasília pede ação do MPF na defesa de travestis e transexuais

Um mês e meio depois de cobrar providências das corregedorias da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e do secretário-adjunto deste órgão e não obter resposta, o Núcleo de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estruturação – Grupo LGBT de Brasília pediu a ação do Ministério Público Federal no caso dos “arrastões” que, segundo a ONG, estão sendo praticados por órgãos de segurança da capital federal contra travestis e transexuais profissionais do sexo.

“Em reunião feita em 26 de outubro com todos esses órgãos, denunciamos os abusos policiais que vêm ocorrendo nos últimos meses e pedimos alguma ação que esclarecesse os fatos. Saímos de lá com promessas, mas, depois de tanto esperar, agora apelamos ao Ministério Público para que cumpra seu papel de fiscalizador externo da polícia. Não podemos esperar mais travestis e transexuais serem tratadas como lixo e viverem com medo de quem deveria protegê-las”, explica Andrea Stefani, coordenadora do núcleo.

Segundo a entidade, nesses “arrastões”, travestis, transexuais e mulheres profissionais do sexo são levadas pelos policiais em microônibus mesmo que não sejam suspeitas de crimes e são fichadas na delegacia. A denúncia do Estruturação é baseada em relato de cerca de 10 vítimas desses arrastões, que foram apresentados tanto à Secretaria de Segurança Pública quanto, agora, ao Ministério Público Federal.

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