O Centro de Referência em Direitos Humanos GLBT pediu ao Judiciário que afaste o promotor da Vara da Infância e Juventude de São José do Rio Preto, Cláudio Santos de Moraes, do caso da transexual Roberta Góes Luiz.
O bebê adotivo de Roberta foi afastado dela pela Justiça a pedido do promotor, que alegou que a família gay “foge do padrão normal”.
“Se essa criança tem hoje a oportunidade de ter uma família convencional, uma família normal, como as outras, por que arriscar e deixá-la numa situação que pode submetê-la a vários constrangimentos?”
Para a Ong de Rio Preto, Cláudio Santos é homofóbico e, por isso, não deve continuar a conduzir o processo.
“Avaliamos que o promotor usa argumentos preconceituosos desde o começo da condução desse caso. Por isso, não há condições para que ele siga neste julgamento”, afirmou o advogado da entidade GLBT, Rogério Vinícius.
A transexual Roberta acredita que o afastamento do promotor ajudará a conseguir a guarda do bebê de volta.
O pedido de afastamento foi protocolado ontem, 31/1, no Juizado da Infância e Juventude e Cláudio terá cinco dias para responder ao processo.