O grupo Estruturação de Brasília exigiu da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do DF ações efetivas a favor dos direitos da comunidade GLBT. Em reunião ontem (28) em Brasília, um representante da secretaria ouviu cobranças da militância, como a inclusão do respeito à diversidade sexual nos cursos de formação de policiais militares e civis.
“A disciplina estava assegurada por uma lei proposta pelo deputada Érika Kokay (PT), mas a Justiça a julgou inconstitucional no início do mês, o que a anulou”, destaca Welton Trindade, presidente da entidade.
Durante o encontro, foi discutida a implementação do Conselho de Cidadania GLBT, promessa feita pelo secretário Raimundo Ribeiro durante a última edição da parada de Brasília, em 17 de junho.
“O conselho cuidaria, dentro da estrutura do governo da Capital Federal, das questões relativas aos direitos humanos de homossexuais, bissexuais e transgêneros”, explica Welton.
“O secretário prometeu instituir o conselho, mas o Estruturação julga que pouco foi feito nesse sentido desde então”, afirmou.
Outra Ong aportou esta semana em Brasília a fim de levar reivindicações pró-gays. Nesta quarta-feira, a Secretaria Nacional de Juventude recebe um grupo de jovens e Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transgêneros).
A audiência tem como objetivo o debate de políticas públicas voltadas para a juventude gay e a apresentação de demandas da associação, “trazendo visibilidade e, principalmente, voz aos jovens”, explica a ABGLT.
“Já temos espaço garantido em nossa comunidade, agora queremos estender nossa participação a outras estâncias”, ressalta Enéias Pereira, diretor do Grupo Dignidade de Curitiba.