Apesar da resistência de alguns países, como Egito, China e Rússia, a ONU concedeu ontem o status consultivo ao Conselho Econômico e Social à Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas.
Há três anos o grupo vinha solicitando credencial, o que lhe dá o direito de fazer lobby junto à entidade. No mês passado, o pedido havia sido negado por causa do voto contrário de vários integrantes. Delegações ocidentais resolveram então se empenhar para reverter a decisão no plenário do Conselho Econômico e Social. Sendo assim, na ultima reunião pela inclusão do grupo gay, foram 23 votos a favor, 13 contrários e 13 abstenções.
"O Ecosoc novamente passou uma clara mensagem ao comitê das ONGs e à comunidade internacional de que ele assegurará que vozes diversas da sociedade civil, inclusive aqueles que advogam pelos direitos LGBT, sejam ouvidas nas Nações Unidas", elogiou Rosemary DiCarlo, embaixadora-adjunta dos EUA na ONU.
Para Cary Alan Johnson, diretor da entidade homossexual, a decisão foi "uma afirmação de que as vozes de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros têm um lugar nas Nações Unidas como parte de uma comunidade vital da sociedade civil."