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Operadora Oi é condenada a pagar R$ 6 mil a transexual

A empresa de telefonia Oi foi condenada pela Justiça do Rio a pagar uma indenização de R$ 6 mil por danos morais a uma transexual. Paula foi ofendida durante uma conversa comercial com um operador de telemarketing da Oi, que tentava vender um plano de ligações telefônicas. Segundo a transexual, a conversa teve um início amistoso, mas não terminou de forma agradável.

Quando questionado sobre a qualidade dos serviços que estava oferecendo, o operador ofendeu a cliente chamando-a de "enrustido", "veado", "incubado" e "travesti". "O erro do funcionário, talvez, foi achar que eu não tomaria nenhuma atitude. Ele se enganou. Tenho identificador de chamas (bina) e descobri que setor da Oi ele estava falando", disse Paula à reportagem do Diário de São Paulo, de domingo (03/05).

A ligação aconteceu no dia 7 de outubro do ano passado. Após o ocorrido, a vítima procurou ajuda na ONG Projeto legal, que defende os direitos humanos, e a instituição entrou com uma ação no 4º Juizado Especial Cível contra a empresa.

"Eu não estava interessada no dinheiro. Queria mostrar, apenas, que ser transexual não é crime", afirmou a vítima.

O Juizado considerou que a empresa desrespeitou o Código de Defesa do Consumidor ao não explicar de maneira cordial à cliente as qualidades do serviço.

Em nota, a Oi afirmou que pauta seu relacionamento com os clientes pelo respeito e pelo profissionalismo e que o repúdio a qualquer tipo de
discriminação é um dos pilares do atendimento e da cultura da companhia.

Quanto a multa de R$ 6 mil reais à transexual, a Oi ainda pode recorrer da decisão da Justiça.

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