in

Os bafos que rolaram na festa do “Oscar do Pornô brasileiro” em SP

Na noite dessa terça-feira (19) ocorreu o 2º Prêmio Sexy Hot, que tinha a premissa de premiar os melhores do pornô de 2015. O A CAPA foi conferir, já que pela primeira vez o evento incluiu três categorias voltadas aos artistas e produções LGBT.

+ Em "Verdades Secretas", filho de Alex perderá virgindade com homem

Por volta das 19h, várias estrelas pornôs, ex-BBBs, famosos, e ícones da noite LGBT como Leonora Áquilla (sim, é assim que ela quer ser chamada), Jane Di Castro e Isabelita dos Patins já estavam no red carpet e posavam para fotos em frente ao logo do prêmio.

Apesar de se tratar de um evento sobre atores pornôs, uma plaquinha nas várias meses jogava um balde de água fria nos animadinhos: "Nem tudo é liberado, mas o wi-fi é". E foi em clima respeitoso (não houve um pênis para fora, sequer na divulgação dos indicados no telão), que o evento tomou a madrugada regado a champanhe.

No salão de festas, o ex-ator pornô Kid Bengala – conhecido pelo tamanho imenso de seu instrumento de trabalho – foi tietado à revelia. A atriz pornô Carla Novaes, que é travesti e concorria ao melhor filme LGBT, também chamou atenção pelo vestidinho "revelador" e esteve rodeada de admiradores. E o ator pornô Yuri, que abocanhou três troféus, incluindo o de "melhor ator pornô", também esteve lindo, moreno e solto.

Bengala faz o fofo ao A CAPA: "Embora não tenha feito cenas gays, eu respeito muito os fãs LGBT. Já fui a uma das Paradas e acho que homofobia não está com nada". "Tenho preconceito zero, comecei fazendo show em casa gay", declarou Yuri. 
 


Atriz pornô Carla Novaes, que é travesti, chamando atenção no evento

SERGINHO PREFERE PORNÔ HÉTERO; JÁ MORANGO, FILMES GAYS

Vários famosos marcaram presença. Diego Cristo, a ex-BBB Clara Aguilar, o cantor Tico Santa Cruz e Serginho Orgastic são alguns dos que falaram sobre os filmes e disseram apoiar as produções destinadas a adultos.

"Ainda existe tabu forte em cima dos filmes pornôs. Muita gente assiste, mas tem vergonha de dizer. Eu gosto. Acho até quem namora ou é casado às vezes precisa de um tempo só seu, para se masturbar e sentir prazer. Por que não com um filme?", declarou Serginho, que prefere produções héteros. "Não sinto tesão nos filmes com dois homens". 

Angélica Morango, que também fazia parte do time dos coloridos do BBB, disse que prefere os filmes com dois homens aos héteros ou lésbicos. "Quem é mulher sabe quando a outra está fingindo, então não consigo sentir tesão nas produções lésbicas nem nacionais nem estrangeiras. Quando eu vejo os filmes com homens, eu consigo comprar a ilusão e a história, então consigo sentir prazer por vê-los sentir prazer".

TRAVESTIS CONCORRERAM COM LÉSBICAS CIS – E PERDERAM

A cerimônia começou por volta das 21h, com a apresentação de Sérgio Loroza. Ao todo foram 14 categorias, sendo que 3 delas foram focadas nas produções LGBT (o que correspondem a 20% dos inscritos). Na verdade, trata-se de filmes com travestis ou com mulheres lésbicas cis – não houve uma produção sequer destinada a filmes gays.

Durante a apresentação das categorias, Loroza fez várias piadas e brincadeiras, e os convidados puderam entrar na onda. Isabelita patinou alegremente, Jane sensualizou como a vedete que é e Leonora Áquilla fez um discurso aplaudidíssimo. Disse que, assim como muitos atores pornôs, também sentiu vergonha de ser quem é durante muito tempo. Mas que, quando entendeu que não há nada de errado, vergonhoso ou pecado, passou a fazer direito e melhor.
 


Isabelita, Jane e Leonora Áquilla


Mayanna Rodrigues, única LGBT a subir no palco como vencedora

Nas categorias "melhor atriz LGBT", Mayanna Rodrigues levou a melhor com o filme lésbico cisgênero Jujubas. Em "melhor cena LGBT", venceu o filme lésbico cisgênero "Gatas e Gatas 2" – com Fernandinha Fernandez e Lola". As duas categorias também incluíram travestis na disputa, mas elas não venceram. Nos bastidores, muita gente declarou que o ideal era separar o grupo cis do trans e argumentou que algumas atrizes vencedoras sequer são lésbicas.

Louie Damazo, conhecido como diretor de filmes com trans, concorda ao ser questionado: "Não dá para incluir trans na categoria de lésbica, pois o homem consome o filme da travesti, mas não admite. É muito mais fácil ele votar e reconhecer o tesão por duas mulheres. A travesti é o último tabu a ser superado e acaba perdendo".

A travesti Bianca Hills, que concorreu com outra trans, venceu a categoria "revelação LGBT", mas não esteve para receber o prêmio.

SÓ NÃO PODE DANÇAR HOMEM COM HOMEM?

A noite ainda contou com a vitória de Yuri como "melhor ator hétero", do filme "A Culpa é das Bucetas" nas categorias "melhor filme anal" e "melhor título" e de Angel Lima como "melhor atriz hétero". A atriz pornô Patty foi a mais animada ao receber o prêmio pela "melhor cena de fetiche" com o filme "Pés do Prazer". Ela gritou, pulou e comemorou: "Agradeço aos meus pezinhos".

No geral, o evento atendeu às expectativas e conseguiu dar glamour às produções, que nos últimos anos vive uma fase difícil devido aos Xtubes e piratarias. Quanto à visibilidade LGBT prometida, foi vista como uma iniciativa positiva e com tendência ao crescimento. A bola fora só ocorreu ao finalizar a premiação com a música "Vale Tudo": "Só não vale dançar homem com homem, nem mulher com mulher". Ah, que falta de sacanagem…

Conheça Burak Özçivit, o galã quentíssimo que “derruba forninhos” na Turquia

Liam Payne volta a negar que seja LGBTfóbico: “Levam as coisas muito literalmente”