Que os gays já caíram nas graças da mídia no Brasil, todos nós já sabemos. Basta ver os vários personagens homossexuais nas novelas, em filmes e até mesmo em campanhas publicitárias. Nos países onde a comunidade GLBT já tem um histórico mais longo de lutas e direitos efetivamente reconhecidos, essa exposição é mais do que natural; é uma conseqüência de décadas de militância. Quando falamos de um país como o Brasil, onde o preconceito permanece arraigado, embora disfarçado, os ganhos da comunidade ainda são parcos. Direitos básicos ainda são negados, como pensão, herança, adoção, etc. É certo que nem tudo são rosas lá fora. Um levantamento publicado essa semana pela Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês) dá conta da diminuição no número de gays na TV americana. Apenas 1,3% dos personagens das 679 séries da nova temporada são gays, lésbicas ou bissexuais. Algumas séries foram classificadas como inclusivas pela GLAAD, como “Desperate Housewives”, “ER” e a versão americana de “Betty, a feia”. “Está claro que as grandes redes têm ainda um longo caminho antes que elas reflitam, de fato, a diversidade da audiência e da sociedade”, disse o presidente da GLAAD Neil G. Giuliano. O mercado publicitário já percebeu que o pink money não deve ser dispensado. Agora, precisamos lutar e exigir nossos direitos, como cidadãos e consumidores.
in Notícias