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Osvaldo Estrela fala sobre sua carreira, experiências no exterior e até de sua rixa com Gilles Lascar

Ele é brincalhão, cada hora inventa uma novidade e sempre é visto na noite com muita alegria e humor. Cria personagens que acabam virando sensação na cena gay do Rio, como a Vovozinha, que já foi vista no Cine Ideal e na X Demente. Sempre muito direto, Osvaldo Estrela solta o verbo e fala de suas produções, de sua rixa com o empresário Gilles Lascar e seu mal entendido com André Garça. Confira tudo isso agora em entrevista exclusiva para o A CAPA. A CAPA – Como você começou sua carreira de produtor de festas? Quanto aos anos de experiência… Somando meu um ano e meio como promoter da “The Ball”, minha formação nestes 14 anos foi sempre ser interativo com o público, em saber conquistar amigos, conhecer pessoas. Ainda tenho cinco anos de Europa como relações públicas das melhores casa de Madri, Ibiza e Itália. Me considero, de tantos bons que temos na noite carioca, um dos melhores [produtores]. A CAPA – De um ano para cá, os freqüentadores da noite tiveram uma surpresa ao te encontrarem caracterizado de vovó em festas, e se comportando como tal, assumindo assim a personagem. De onde surgiu isso e qual a finalidade? Sempre gosto de fazer proveito da fama que “querem” me dar. A cada vez que escuto alguma piada ou apelido com meu nome, procuro passar isto para o meu público de uma forma divertida. A CAPA – Como é sua relação com os demais produtores do Rio? Você refere-se aos produtores, creio, que são os donos de festas e não empresários. Perante aos produtores da noite carioca, acredito que todos estão tentando melhorar a cena do Rio. Me dou bem com todos! A CAPA – Como tem sido trabalhar com um nome que já marcou a cena do Rio, Alex F. Halter? Na minha opinião, Alex F. Halter é como Fábio Monteiro e Téo Alcântara, pessoas inteligentes que lutaram muito para estar nestes 14 anos, ou mais, no mercado. Só que com uma diferença: Alex F. Halter foi empresário da noite, não produtor. E particularmente um amigo e irmão. A CAPA – O que você acha dessa leva de produtores novatos que estão invadindo o mercado com suas festas? Espero que todos sobrevivam, pois o investimento para produzir uma festa é muito grande, o mercado é “competitivo”, e no nosso país não circula dinheiro. E a cena não é unida como deveria ser… Infelizmente! A CAPA – Você sempre demonstrou simpatia e sempre foi presente nas festas do produtor André Garça. Até que houve uma briga entre vocês e o André publicou em seu site, o Cena Carioca, que a partir daquele dia não divulgaria qualquer evento seu devido sua atitude agressiva. O que ocorreu de fato? Qual o motivo da briga? O agressor sempre perde, mas sei que sou uma pessoa explosiva. Aos 43 anos já mudei muito, mas ainda não levo desaforo para casa. Contava, nesta hora tão ruim de uma festa tão linda que eu preparei, com o mínimo de decência, carinho e compreensão dos amigos. Não estava esperando que o André chegasse como jornalista para discutir assuntos nossos pessoais numa hora tão frágil. Continuo e sempre continuarei prestigiando a festa E.njoy. Não fui às duas últimas, pois o local não me agrada [as duas últimas edições da label foram realizadas no clube Le Boy]. A CAPA – Como é sua relação com o produtor e empresário Orlando Capaluto? Nestes 22 anos de noite carioca, quando eu ainda freqüentava o “Zig Zag”, conheci o Orlando quando ele começou em um quiosque na Barra da Tijuca , e vi toda sua trajetória de lutas. Chegou onde está com muito esforço. Independente de ser empresário ou não, é um grande amigo. A CAPA – E na noite todos sabem da rivalidade, até mesmo pessoal, entre você e o empresário Gilles Lascar, dono da “Le Boy”. Tal rivalidade existe? Por quê? Quando apareceu a Le Boy no Rio, eu freqüentava o Le Jardin, Katakombe, Sótão e Papagaio. Bons Tempos. Todos esperavam uma casa moderna, confortável e com boa música para dar mais uma opção à noite. Depois de algum tempo, ela se transformou na “The Ball”; foi quando fui convidado pelo meu grande amigo Alex F. Halter para ser seu promoter. Quando a “The Ball” acabou, viajei para a Europa e lá sabia do grande sucesso que estava sendo a nova “Le Boy”, no Rio. Voltei com outra experiência adquirida lá e entrei como cabeleireiro no Hotel Copacabana Palace, até que decidi usar minha experiência de promoter e ser produtor de festas. Senti que incomodei alguns, a ponto de entregar um flyer da minha festa, que acontecia aos domingos durante o dia, e fui literalmente expulso da boate e agredido por cinco seguranças da “Le Boy”. A CAPA – A festa “Kids Toy” foi cancelada na hora de começar. E na última “LK3 Green Day”, festa que parece já ter conquistado o público, o local foi embargado e o evento também cancelado. Por que essas festas não deram certo? A “Kids Toy” é um nome que darei todos os anos em outubro à uma festa exclusiva para festejar meu aniversário. Como disse meu amigo André Garça perante a todos os presentes, como um Produtor amador que sou, não coloquei uma cobertura no local e a chuva torrencial impediu o evento. Já o “LK3 Green Day” com certeza já é um sucesso, mas alguma minoria incomodada com o nosso sucesso, tanto meu quanto do meu DJ, tentou e conseguiu embargar o local associando-nos às festas rave que já haviam sido feitas neste mesmo local, denunciando anonimamente ao batalhão. Mas nada impediu o sucesso da festa, pois comemoramos à beira da piscina só com os amigos e brindamos a nossa vibe! (risos) A CAPA – O DJ Jeff Valle foi eleito DJ revelação do Rio em 2006 e todos sabem o apoio que você sempre deu ao DJ, antes mesmo do sucesso que hoje Jeff faz, contratando-o para tocar em quase todas as suas festas. Você se sente em parte responsável pelo sucesso do DJ? Claro. Além de um excelente DJ, Jeff é um dos poucos produtores que eu descobri fora do Rio e tento somá-lo aos bons que temos aqui. Sinto-me na obrigação de cuidar bem do meu filho. Seu sucesso em menos de um ano foi graças ao público carioca e a todos os produtores e empresários que souberam valorizar seu profissionalismo. A CAPA – E agora, em quais novos nomes você está apostando na cena da noite gay? Aguardem, todos verão as novas descobertas da Vovó (risos). A CAPA – No próximo domingo será realizada mais uma edição da LK3 Green Day. O que o público pode esperar de novidade e bacana nessa edição? Com a simplicidade que tenho, procuro chegar com uma nova proposta, um novo local, onde você vai ver e conferir tudo que o LK3 Green Day sempre propôs da melhor maneira possível.

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