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Padre excomungado diz que Igreja ainda pedirá perdão por condenar a união gay

Com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga os cartórios de todo o país a realizar a união civil entre casais homossexuais, Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto, afirmou que a Igreja católica ainda pedirá perdão por não concordar com o casamento gay.

 “Mais tarde, a Igreja, talvez muitas vezes, vai pedir perdão e vai legitimar o matrimônio igualitário. Todas essas pessoas são amadas por Deus, são filhas e filhos de Deus e merecem ser felizes dentro da sua sexualidade humana”, declarou padre Beto, ao G1.

O religioso atuava na Igreja de Bauru e foi excomungado depois de declarar apoio aos homossexuais, além de afirmar que existe amor bissexual, em vídeo postado no YouTube.

Após a repercussão, uma nota assinada pelo Bispo Dom Caetano Ferrari pedia que padre Beto pedisse desculpas e admitisse que errou em se posicionar erroneamente sobre assuntos relacionados à "doutrina, moral e dos bons costumes ensinados pela igreja”.

Apesar do pedido de Dom Caetano, padre Beto não voltou atrás com sua opinião e disse que pediria renuncia do cargo de líder religioso. Dias depois ele foi excomungado pela cúpula da Diocese de Bauru.

O padre, que é teólogo e doutor em ética, faz questão de ressaltar a importância de mudanças com relação as doutrinas seguidas pela Igreja Católica. No entanto, ele não acredita que uma renovação aconteça durante o papado de papa Francisco.

“O papa Francisco vai trazer a coisa da humildade, mas acho que ele não tem força para fazer reforma na moral sexual da Igreja”, concluiu.
 

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