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Padres italianos são acusados de promover exorcismo de gays

Padres italianos estariam aconselhando pais de gays a levar seus filhos para serem exorcizados. A denúncia foi feita pela Associação Italiana de Gays (Arcigay) nesta quinta-feira 12. A acusação tem como base o grande número de consultas recebidas pelo grupo a respeito de exorcismos de homossexuais. “Recebemos dezenas de reclamações anônimas, provenientes de várias cidades italianas, através de uma linha telefônica especial que colocamos à disposição”, disse à BBC Brasil Aurelio Mancuso, presidente da ONG. Aurelio acredita que existe uma relação entre o aumento das denúncias e o caso recente do suicídio de um adolescente no país, que teria sido vítima de homofobia na escola. “Num outro episódio recente, o religioso chegou a pressionar a mãe para que levasse o filho até ele, mesmo à força, para que fosse submetido às orações e ritos”, acredita. A falta de dados precisos sobre as queixas é apontada pela entidade com um entrave para uma ação formal, já que a maioria das vítimas tem receio de falar o nome dos arcebispos envolvidos. “Por enquanto percebemos que o problema existe e vamos aprofundar a investigação”, afirma Aurelio. Para o padre Gabriel Amorth, presidente honorário da Associação Nacional de Exorcistas, a prática não deve ser usada em gays. “O exorcismo é feito para liberar a pessoa da presença do demônio ou de suas influências maléficas. A homossexualidade é outra coisa.”

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