Um perfil público do Facebook, cujo título é "Quiero Mamá e Papá", está fazendo campanha contra a lei do casamento igualitário aprovada no ano passado na Argentina. A maioria dos tópicos tem cunho religioso e defende a questão da "família natural", ou seja, entre um homem e uma mulher.
O primeiro tópico diz que os "religiosos da Argentina não perderam a sua fé no país e que a nação não perdeu os seus valores". Em outro, os moderadores do perfil intolerante clamam para que "não destruam a sociedade argentina" e convocam as pessoas para uma "Argentina diferente onde o cristianismo é possível". Como se a lei do casamento igualitário impossibilitasse as pessoas de professarem a sua fé.
Infelizmente, não se trata de um perfil fundamentalista isolado. Cerca de 19 mil pessoas já "curtiram" o perfil, o que significa aderir à página. Cada tópico tem por volta de duzentos comentários que beiram o fascismo. Boa parte deles clama para que os cidadãos rechacem "os homens afeminados e que deixem claro a eles que a sua função é procriar".
Pelo visto, fundamentalismo religioso homofóbico não é exclusividade do Brasil.