Gosto da dor
Do sentido sem odor
Do vento ao avesso
Do vestido
Do estilo
Gosto do tempo
Do veneno
Sem remédio
Do ventilador
Do clima
Do estranho lento
Gosto do sem sentido
Das justificativas ao vento
Das necessidades infinitas
Do imaginário sem pensar
Gosto e cultivo
Palavras soltas, que pulam
Loucas nas entranhas a brincar
Sem vírgulas e pontos fora do lugar.
Todo dia as sinto
É tese que desejam se amostrar
Gosto delas
Do erotismo que me seduz
Do sentido
Do sem sentido
Da pele
Do beijo
Das palavras impregnadas em mim
Gosto!
Só sei que gosto
Delas aqui
Livre, soltas, mas vivas em mim.
Eu não sei se você vai entender
Mas palavras, elas existem pra dizer
Não para ir ao lixo
Para dizer dizeres
Com ou sem sentido
Por isso respeite
A louca, o louco, o beijo.
E solte as palavras
Para eu ver que você não está entendendo errado
Porque as coisas com as palavras nunca terminam
Eu, uma brincadeira
Com tintas
Vou parar esse texto
Mas saiba que ele não tem fim
É uma teoria que está dentro de mim
Assim
Sem fim
Sem I.