O governo de Israel concedeu visto de permanência a um palestino que disse correr risco de vida na Cisjordânia por causa de sua sexualidade. O palestino de 33 anos recebeu uma permissão temporária para viver com seu companheiro israelense em Tel-Aviv, depois de argumentar que enfrenta ameaças de palestinos que desaprovam sua sexualidade, afirmou uma autoridade do Ministério da Defesa à agência Reuters.
"Neste caso o advogado do homem afirmou que sua vida corria perigo por causa de sua preferência sexual", disse Peter Lerner, porta-voz da Coordenação das Atividades do Governo nos Territórios, cujo escritório está subordinado ao Ministério da Defesa. O fato foi determinante par a emissão do visto. Independente de sua sexualidade, o Ministério do Interior israelense não tem por política emitir permanência a palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada e querem residir com seus companheiros em Israel.
Embora a homossexualidade seja mais aceita em Israel, os judeus ultra-ortodoxos da cidade são opositores ferrenhos dos direitos dos gays. Ano passado, alguns judeus religiosos ameaçaram recorrer à violência durante a Parada do Orgulho Gay, em Jerusalém.
De acordo com o porta-voz do governo, o palestino precisará de uma permissão do Ministério do Interior para ficar no país de modo permanente.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth informou em seu site que o palestino pediu permissão para viver com seu amante israelense, um engenheiro de computação na faixa dos 40 anos. Eles estão juntos há oito anos, segundo o diário.