Intolerância ressurge em ato contra símbolo da comunidade LGBTQIA+
Um ato de vandalismo chocante abalou a pequena cidade de Calendasco, na Itália, onde uma panchina pintada com as cores do arco-íris, símbolo da inclusão e diversidade da comunidade LGBTQIA+, foi alvo de ataques homofóbicos duas vezes em uma semana. Este incidente não é apenas uma ofensa à arte pública, mas uma mancha na luta por direitos e aceitação.
O primeiro ataque ocorreu logo após a inauguração da panchina, que foi criada para celebrar a Giornata Internazionale contro l’Omofobia. Dois homens encapuzados atacaram o local, cobrindo a panchina com tinta branca e deixando mensagens homofóbicas no chão, próximas ao escorregador infantil. A comunidade não ficou parada; mais de cem voluntários se mobilizaram para restaurar os vibrantes tons do arco-íris, demonstrando uma resposta solidária impressionante.
Entretanto, a celebração da diversidade foi novamente interrompida após uma manifestação do Pride em Piacenza. Na noite seguinte, os mesmos vândalos atacaram novamente, desta vez deixando mensagens ofensivas direcionadas ao prefeito de Calendasco, Filippo Zangrandi. Este ato de violência verbal e física foi amplamente condenado por cidadãos de todas as idades e por diversas organizações que defendem os direitos LGBTQIA+.
O prefeito Zangrandi, que já havia registrado uma denúncia por ambas as ocorrências, reafirmou seu compromisso com a comunidade: “Não nos deixaremos abalar por esses ataques. A panchina voltará a ser colorida e representativa do que acreditamos.”
As imagens dos vândalos foram capturadas por câmeras de segurança, mostrando claramente a ação de ódio que se repete em um contexto onde a inclusão deveria ser a prioridade. Este tipo de vandalismo não é apenas um ataque a um objeto; é um ataque a um ideal de respeito e aceitação.
A reação da sociedade civil tem sido forte e unânime. Nas redes sociais, muitos têm expressado apoio ao prefeito e à comunidade LGBTQIA+, em uma demonstração de que o amor e a solidariedade podem e devem prevalecer sobre o ódio. A luta contra a homofobia é um esforço coletivo, e cada ato de violência só fortalece a determinação de quem acredita em uma sociedade mais justa e igualitária.
O que ocorreu em Calendasco é um lembrete sombrio de que, apesar dos avanços, a luta pelos direitos LGBTQIA+ ainda enfrenta desafios significativos. É fundamental que continuemos a nos mobilizar e a nos opor a essas ações de intolerância, promovendo um ambiente onde todos possam viver livremente e com dignidade.