A carta que o Papa Francisco enviou abençoando o trabalho da escritora italiana Francesca Pardi gerou polêmica. Tudo porque ela é conhecida por abordar livros de temática LGBT – e ser assumidamente lésbica – e a mensagem foi interpretada como incentivo à causa LGBT, o que a igreja nunca promoveu até então.
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Na carta, o Papa desejava à escrita "profícua atividade a serviço das jovens gerações e da divulgação dos autênticos valores humanos e cristãos". Ele ainda enviou uma benção apostólica à família da escritora.
A troca de correspondências ocorreu assim que Francesca e outros 43 autores tiveram livros, que incluem famílias homoafetivas, retirados de todas as bibliotecas de Veneza. Ela enviou 30 de seus livros ao Papa e pediu para que ele lesse e comprovasse que não debatiam "ideologia de gênero" e que o objetivo é "evitar a discriminação das crianças, entre eles e os filhos de casais homossexuais".
Detalhe, a escritora (que está de regata preta na foto ao lado) é casada com Maria Silva Fiengo há 20 anos, e é mãe de quatro filhos.
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A Secretaria de Estado do Vaticano, por meio do porta-voz Ciro Benedettini, afirmou que a resposta era "privada" e que o Papa em não tinha o objetivo de encorajar os relacionamentos LGBT. "A benção do Papa é à pessoa, e não às doutrinas que não estão conformes com a doutrina da Igreja, como a ideologia de gênero, e não cabe qualquer instrumentalização do conteúdo desta carta".