O futebol é o esporte mais praticado no mundo e, também, um dos mais preconceituosos e segregadores. Para contrapor esse pressuposto, de que o futebol é “coisa de macho”, um grupo de gays de São Paulo amantes da prática esportiva, resolveram criar um time de futebol onde o importante não é ser o melhor, e sim, se divertir. Com cerca de 50 integrantes, para fazer parte da equipe, é preciso respeitar e defender valores inerentes ao esporte. Os “Unicórnios”, como se chamam uns aos outros, jogam em uma quadra no bairro do Ipiranga, Zona de Sul de São Paulo, rodeado por outras equipes formadas por héteros. “Demos um basta ao trauma de ser o último escolhido no time da escola, no blullying que sofremos por não jogarmos bem. O que predomina aqui é o espírito do Unicórnio, que remete à diversão, a essa coisa nada a ver com um time convencional”, afirma Bruno Hist, 29 anos, em entrevista à Folha de S. Paulo. Felizes de serem como são eles não se privam de trocarem beijos, usarem suas chuteiras fabulosas e, claro, os tradicionais bordões: “Arrasou veado!” e “Você foi maravilhosa, bicha”. Puro lacre!