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Para héteros, parada gay é micareta?

Em excelente artigo publicado nesta terça-feira, a colunista da Folha de S. Paulo Cecília Gianetti fala sobre a Parada do Orgulho Gay do Rio de Janeiro. Sob o título "Orgulho todo dia", Cecília chama atenção para os feitos inéditos da manifestação, como a participação do governador Sérgio Cabral na abertura do evento.

Aí chegamos a comparação que a colunista faz com paradas de outros lugares do mundo. Cita, por exemplo, o fato de a manifestação de Nova York juntar menos gente, lembrar mais uma passeata e de cavaletes impedirem que manifestantes não vinculados aos grupos desfilem e dancem atrás dos carros, como no Brasil. Cecília diz que a parada americana é mais um "carnaval contido".

No entanto, a colunista segue com um tapa na cara da comunidade GLBT ao dizer que a Parada de Berlim, pelo que percebeu no período enquanto morou na cidade entre maio e junho deste ano, "é um estado permanente. Coisa que se faz todos os dias: entrar num bar de mãos dadas sem medo, beijar em público sem medo, vestir o que quiser e ser o que achar melhor sem medo."

Para Cecília, pelo menos na teoria isso foi reivindicado em Copacabana no último domingo por GLBT e héteros. Mas, "não é o que fazem num dia comum a maioria dos que cabem na sigla. Boa parte dos héteros, para quem a Parada é uma micareta, não aceita que o façam."

Como o assunto é polêmico e rende pano para a manga, nós da redação do A Capa queremos saber. Vocês concordam com a colunista da Folha? Para héteros a parada gay é uma micareta?

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