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Parada de Jerusalém: a saga dos gays israelenses contra a homofobia e a violência

Em Israel, os conflitos parecem não se limitar aos campos político e religioso. Não obstante a já enraizada violência entre palestinos, judeus e mulçumanos, a intolerância atinge em cheio a comunidade GLBT. A realização da parada de Jerusalém tem se tornado uma via crucis, com protestos violentos aqui e declarações preconceituosas acolá. Religiosos ultra-ortodoxos, como o rabino Shlomo Amar, pra quem a parada é “vergonhosa” e “Jerusalém e todo o povo judeu correm um risco de castigo divino se permitirmos esse evento”, têm incitado os religiosos a impedir a marcha cor-de-rosa sobre a cidade. Dez radicais religiosos foram presos ontem pela polícia israelense durante novos protestos contra a parada. Centenas de pessoas bloquearam ruas queimando latas de lixo e objetos foram lançados contra os policiais. Um grupo de judeus ortodoxos disse hoje que irá lançar uma maldição cabalística contra os participantes e os policiais que baterem em judeus. A deputada Zahava Gal-On acredita que as declarações devem ser levadas a sério, por seu conteúdo de “incitação à morte”. “Recomendo encarar este assunto com a maior seriedade e considerá-lo uma ofensa criminal”, ponderou a deputada. As autoridades locais autorizaram a realização da parada, que está marcada para sexta, 10 de novembro. “O princípio da liberdade de expressão deve ser respeitado”, declarou o procurador-geral do Estado de Israel, Menahem Mazouz. Dois mil agentes da Polícia de Fronteiras, de ordinário postados em territórios palestinos, foram destacados para vigiar os gays durante o trajeto (no total, serão até 8 mil policiais). Torçamos pra que não haja um novo “Stonewall” na Terra Santa.

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