No último sábado (14/08) foi realizada a 8ª Parada do Orgulho LGBT da cidade de Juiz de Fora (MG), sob o tema "Vote Contra a Homofobia". Segundo dados do Movimento Gay de Minas (MGM), que organiza o evento, 120 mil pessoas compareceram, já a Polícia Militar divulgou o número de 70 mil.
A concentração foi realizada no Largo do Riachuelo a partir das 12h. Neste momento, a prefeitura errou ao não fechar a rua de acesso principal ao Largo. Por conta disso, as pessoas tinham que ficar dançando entre ônibus e carros que passavam pelo local. Foi necessário a presença da polícia para garantir o fluxo do trânsito e evitar que alguém fosse atropelado.
Às 14h os trios elétricos, três no total, já estavam posicionados na Avenida Barão do Rio Branco, região central de Juiz de Fora e deram partida às 15h. Logo no começo já era possível ver o centro totalmente tomado de pessoas a fim de curtir a Parada. Porém, a cidade vive com um problema social grave.
A cidade de Juiz de Fora possui várias favelas e em cada uma delas há as "gangues do funk", termo usado pelos moradores da cidade mineira. Segundo eles, em eventos públicos esses grupos rivais se encontram e se enfrentam, gerando violência e confusão. A reportagem pode presenciar algumas brigas entre esses grupos. Foi registrado uma morte por conta do tumulto.
Fora este problema, que é fruto da ausência de políticas públicas à juventude, a Parada Gay de Juiz de Fora foi bonita e reuniu a comunidade LGBT da cidade e famílias que lá foram apoiar a causa. Uma maneira de tentar ludibriar a violência em torno da Parada foi a política dos abadás, que custavam R$ 50.
Momento marcante ocorreu no encerramento da manifestação, quando os fundadores do MGM, o casal Oswaldo Braga e Marco Trajano, entraram na prefeitura, hastearam a bandeira do arco-íris na varanda frontal do prédio e lascaram um beijo. Uma forma emocionante e subversiva de se encerrar uma Parada Gay.
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