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Parada Gay de São Paulo já conta com R$ 2 milhões para edição deste ano; saiba mais!

Em entrevista ao site A Capa, Julian Rodrigues, coordenador de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo, fala sobre o orçamento da Prefeitura de São Paulo, cerca de R$ 4.157.000,00, para ações de combate à homofobia. Deste valor, o coordenador adianta que R$ 2 milhões serão destinados para a próxima edição da Parada Gay da cidade.

Frente aos casos de agressões a jovens gays ocorridos no centro de São Paulo, Rodrigues afirma que "a segurança pública é de responsabilidade do governo estadual" mas ressalta que a Coordenação tem trabalhado com a Guarda Municipal, que conta com uma nova base no Largo do Arouche para reforçar a segurança na região. A seguir, confira a entrevista na íntegra.

O ano 2014 começou agitado com todos os acontecimentos de violência contra LGBTs que ganharam destaque na mídia e tantos outros que não foram divulgados. Todos esses crimes aconteceram na região central da cidade de São Paulo, onde tem bastante frequência da comunidade gay. Como a Coordenação de Políticas para LGBT da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) está cobrando do Governo do Estado?       
A segurança pública é de responsabilidade do Governo estadual. Não temos interferência, enquanto Prefeitura, nem na polícia civil, nem na polícia militar. O que temos feito: primeiro, colocado sempre o Centro de Combate à Homofobia para acompanhar todos os casos. Temos uma postura pró-ativa. Procuramos dar apoio jurídico, psicológico e social às vítimas.

Segundo, sempre temos mantido contato aberto com a Coordenação de Diversidade Sexual da Secretaria de  Justiça e Cidadania, compartilhando denúncias, casos e pedindo um reforço do policiamento na região da rua Augusta, Av. Paulista e Centro. Também temos trabalhado com a Guarda Municipal, que tem função de cuidar de patrimônio, mas, tem ajudado, por exemplo, com uma nova base no Largo do Arouche e vai ver o que é possível fazer de reforço de presença na região mais atingida. Mas, repito, a função de prevenção e repressão e policiamento ostensivo é do governo estadual.

Recentemente foi divulgada a quantia de R$ 4.157.000,00, maior orçamento do Brasil, para  políticas de combate à homofobia. Como a Coordenação de Políticas para LGBT da SMDHC pretende usar esse dinheiro?
O orçamento conquistado é fruto do compromisso do prefeito Fernando Haddad com a pauta. E também do Secretário Rogerio Sottili, que tem nos dado total apoio. Trabalhamos muito em 2013. De maneira geral, cerca de 2 milhões é para realização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e dos eventos que ocorrem durante a semana, inclusive a Caminhada Lésbica, que apoiamos pela primeira vez no ano passado. O restante tem a ver com as metas aprovadas no Plano de Metas:

1) campanha de combate à homofobia,

2) formação de professores e servidores da saúde, assistência  e GCM

3) centro de referência novo (na zona leste, previsão de instalação em novembro de 2014)

4) edital para apoio a atividades culturais no Largo do Arouche

5) 2 unidades móveis (a primeira no Arouche, a segunda na região da Augusta)

Quando será concluída a implantação do novo Centro de Referência na Zona leste e o que podemos esperar dele?
Estamos reformulando o atual Centro de Combate à Homofobia, com apoio da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, que nos financiou um projeto. Estamos reinaugurando o Centro, em abril, na região do Largo do Arouche.Teremos uma equipe reforçada também. Além disso, vamos rever a metodologia e os formulários, para melhorar o atendimento e as estatísticas. O novo centro deve funcionar orientado já pelas novas diretrizes. A equipe basicamente é a mesma, com advogados, psicólogos e assistentes sociais, além de apoio técnico administrativo. A ideia é, até o final de 2016, contarmos com mais 4 centros, além do atual. Formaremos uma rede de proteção e combate à homofobia, conectando todo o município. A ideia é inaugurar o novo centro em novembro.

Como vai funcionar as duas unidades móveis?
As unidades móveis são trailers que terão uma equipe de trabalho para acolher denúncias, dar orientações, repassar informações, distribuir material de prevenção às DST/Aids e também material sobre cidadania LGBT, sobre direitos, sobre homofobia, etc. A ideia é que seja uma "porta de entrada", uma maneira da população conhecer o trabalho da prefeitura na área, saber dos seus direitos, saber como agendar os serviços da prefeitura, etc.

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