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Parada Gay de São Paulo tem edição com menos público e mais segurança; confira balanço

Com mais de uma hora de atraso, a Parada só começou a andar pouco antes das 14h, após um discurso da senadora Marta Suplicy em frente ao Masp. Às 16h ela já havia passado pela Paulista e pouco depois das 18h havia se encerrado na Consolação.

A Associação da Parada e a Polícia Militar não divulgaram números do evento, mas era visível que havia bem menos pessoas do que nas Paradas anteriores. O Datafolha pela primeira vez fez uma medição de público de caráter científico. Segundo o instituto de pesquisa, a Parada reuniu 270 mil pessoas, sendo que 65 mil fizeram o percurso inteiro. Fernando Quaresma, presidente da Associação, revelou ao fim do evento que era certo que 4 milhões haviam passado por lá. Talvez para garantir o status de maior parada gay do mundo. Mas precisa mesmo ser a maior?

O que se viu com um público menor, foi uma parada melhor. Mais gays, mais famílias e mais segurança. A ação da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana foi bem eficaz. Guardas à paisana e câmeras conseguiram combater o comércio clandestino de bebidas, barrando ambulantes e camelôs. Com isso, foram 100 atendimentos médicos registrados, a maioria por embriaguez, ante 500 do ano passado.

A Polícia Militar informou que foram apenas 8 casos de furtos, de carteiras e celulares. Não houve nenhuma ocorrência grave, nem caso de agressão. Além de garantirem a segurança durante o horário do evento, a Polícia também trabalhou até às seis horas da manhã na região do Centro da cidade, onde acontece a dispersão da Parada.

A presença política, talvez por ser ano eleitoral, foi mais forte nesse ano. Além de Marta, o prefeito Gilberto Kassab, o governador Geraldo Alckimin  e o deputado federal Jean Wyllys também estavam presentes. Dos pré-candidatos a prefeito, compareceram Soninha Francine (PPS), Carlos Giannazi (PSOL) e Celso Russomanno (PRB).

Se o tema desse ano "Homofobia tem Cura: Educação e Criminalização" ajudou a dar um tom mais politizado à Parada, o que falta agora é pensar o potencial do evento, tanto do ponto de vista de reivindicações políticas, quanto econômico.

Na coletiva de abertura, a senadora Marta Suplicy disse que não achava justo que o público gay seja lembrado só como consumidor pelas grandes marcas e na hora de apoiar eventos como a Parada, as empresas privadas não participem. "Acho que o governo e a imprensa têm que cobrar também uma participação das empresas", disse a senadora. É hora de sair do gueto e ir além, São Paulo merece mais.

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