Autoridades de segurança de Israel autorizaram a realização da parada gay em Jerusalém na próxima quinta-feira, dia 21. O problema é que o aval também foi dado a judeus ortodoxos que prometem fazer uma grande demonstração pública contra os homossexuais.
Serão destacados cerca de 7 mil policiais para a segurança do evento. Semana passada, um rabino ultra-ortodoxo lançou uma maldição contra os gays que participarem da parada. “Todos os envolvidos, pecadores em espírito, e qualquer um que os ajude ou os proteja [os gays], serão amaldiçoados (…) e não serão perdoados por suas transgressões durante o julgamento final”, rogou.
Em abril deste ano, um artefato explosivo detonado próximo à Jerusalém foi atribuído a grupos judeus ultra-ortodoxos contrários à realização da parada gay. Uma pessoa foi ferida na perna pela pequena bomba e foi levada para um hospital da região. A polícia local disse ter encontrado folhetos com mensagens anti-gays.
“Este ato violento é apenas um exemplo da homofobia, preconceito e violência a que lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros em todo o mundo enfrentam todos os dias”, declarou Noa Sattah, diretor-executivo da Ong Open House, organizadora da marcha GLBT na cidade.
Em março, o grupo israelense preencheu um pedido formal junto às autoridades de segurança pedindo autorização para a realização da parada gay em 21 de junho. Ano passado, o evento foi adiado por vários meses por conta da falta de segurança.