O show icônico de Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, continua repercutindo nas redes sociais e na mídia, gerando debates acalorados entre progressistas e bolsonaristas. Um dos pontos mais discutidos foi a escolha da cantora de usar a camisa amarela e verde da seleção brasileira, símbolo que, nos últimos anos, foi associado à extrema direita.
Com essa inspiração, a organização da 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo anunciou um novo ‘dress code’ para o evento. Em sua conta no Instagram, a ONG responsável pela marcha sugeriu que os participantes vistam as cores nacionais e levem a bandeira arco-íris como complemento. Esta escolha é um ato simbólico para ressignificar os símbolos nacionais, retirando-os da conotação política atual.
A edição deste ano, marcada para o dia 2 de junho na Avenida Paulista, traz o lema “Basta de negligência e retrocesso no Legislativo”. A frase reflete a luta contra as forças conservadoras que têm tentado restringir os direitos conquistados pela comunidade LGBTQIAP+.
Os organizadores destacaram a importância da união e da presença de todos para celebrar a diversidade e reafirmar a luta pelos direitos civis. “Madonna e Pabllo Vittar ressignificaram o uso da bandeira do Brasil no show histórico realizado no último fim de semana nas areias de Copacabana”, comentaram, reforçando a importância de tomar de volta símbolos nacionais que foram apropriados por grupos que usam o nacionalismo para propagar discursos de ódio.
A chamada para a Parada inclui a presença de figuras públicas e movimentos sociais, todos unidos na mensagem de resistência e progresso. A expectativa é que este seja um dos maiores eventos do gênero, atraindo não apenas a comunidade LGBT+, mas também aliados que apoiam a causa da igualdade e justiça social.
Com um contexto político tenso, onde lideranças conservadoras tentam reverter avanços legislativos, a Parada deste ano promete ser um marco de resistência e celebração, reafirmando que os direitos conquistados não serão perdidos sem luta. A convocação feita pelos organizadores é clara: ocupar a Avenida Paulista no dia 2 de junho, com cores e bandeiras que simbolizam tanto o orgulho nacional quanto o orgulho LGBT+, é um ato de resistência contra a negligência e o retrocesso.