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Paradas gays receberão R$ 1 milhão para prevenção a DST/Aids

O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde lançou um edital no valor de R$ 1 milhão para financiar organizações da sociedade civil (ONGs) que trabalhem com o público GLBT. A intenção é aproveitar as paradas gays para incentivar ações de prevenção e promoção de direitos humanos.O edital prevê o apoio a um projeto por município no valor de até R$ 20 mil.

Eduardo Barbosa, secretário-adjunto do programa, explicou ao site da Agência Brasil, que hoje não há mais grupos de risco no tocante à contaminação pelo HIV. “Hoje a gente não tem mais grupos de risco, mas ainda a epidemia está concentrada em algumas populações, como neste caso na população de gays, lésbicas, travestis, transexuais.”

Projetos vindos de municípios do interior terão prioridade no edital. Segundo Eduardo, em cerca de 85% dos municípios brasileiros há pelo menos um caso de AIDS, o que mostra uma tendência de interiorização da doença. “Nós sabemos que nas capitais também acontecem essas paradas, só que nas capitais também existem maiores possibilidades de conseguir outros apoios para a realização dessas ações”, pondera.

Podem ser financiadas ações desde distribuição de preservativos e de folhetos explicativos a realização de seminários com temas relacionados à saúde, habitação, trabalho e educação. O edital está disponível no site do programa. As propostas devem ser encaminhadas até o dia 31 de março. O resultado da seleção será divulgado até 14 de abril.

Militância
Em entrevista à Agência Brasil, Toni Reis, o presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais afirmou que é fundamental o apoio do programa a intervenções de prevenção nas paradas gays, porque pode ajudar a diminuir o preconceito e a discriminação.

Para Toni, uma das questões que devem ser enfatizadas durante essas mobilizações é o uso de preservativos. Segundo ele, ainda há uma falsa idéia entre o público homossexual e também o heterossexual de que uma união estável dispensa o uso de camisinha.

“Muitas vezes a fidelidade não previne o passado dessa pessoa, e muitas vezes a pessoa já foi fiel a cinco pessoas diferentes. E aí está o grande perigo da infecção. Então o grande recurso é o preservativo, independente do amor e da fidelidade. Inclusive a nossa grande regra é que a camisinha é um sinal de amor, é um sinal de fidelidade à vida e à saúde”, afirmou.

* Com informações da Agência Brasil

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