Sim, você leu certo: existem Olimpíadas especialmente voltadas para ao público LGBT!
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Com nome oficial de “Gay Games”, o campeonato nasceu em São Francisco (EUA), em 1972.
O objetivo era promover o espírito de inclusão e participação do público LGBT, geralmente tratado com preconceito também dentro do esporte. O formato assemelha-se ao dos tradicionais jogos olímpicos e tem, inclusive, uma chama olímpica acesa no começo das premiações.
Apesar do nome, os Gay Games são abertos para pessoas de qualquer orientação sexual e não existe exigência de qualificação para participar das competições. A Federation of Gay Games (FGG), órgão organizador do evento, preza a divulgação dos jogos mundialmente e recebe atletas de diversos países – principalmente dos que criminalizam a homossexualidade.
Assim como os jogos olímpicos tradicionais, os Gay Games ocorrem a cada quatro anos e a última edição foi em 2014, em Cleveland, Estados Unidos.
O evento teve como sede Vancouver, Nova York, Amsterdã, Sydney, Chicago, Cologne e se prepara para ocupar Paris em 2018, entre 4 e 12 de agosto. Essa será a 10ª edição, que tem como filosofia o tema: “Pessoas em primeiro lugar”. Mergulho, natação, boliche, basquete, boxe, handebol, futebol, golf, judô e outras modalidades fazem parte da programação.
A criação
Tom Waddell, fundador dos jogos, tentou por anos que o evento se chamasse oficialmente “Olimpíadas Gays”, mas o nome foi contestado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo Comitê Olímpico dos EUA (USOC). As entidades basearam-se na lei “Amateur Sports Act”, de 1978, que dá exclusividade ao termo “Olimpíada” para os jogos já tradicionais.
A proibição de termologia não desanimou Waddell, que alterou o nome e prosseguiu com a ideia reunindo fundos suficientes para a realização de uma maratona de jogos. Ele foi um dos primeiros atletas americanos a se assumir gay, quando em 1970 apareceu na capa da revista de fofoca “People” com seu então namorado, o designer Charles Deaton.
Waddell faleceu em 1985 por complicações decorrentes do HIV, mas seu legado prosseguiu. Em 2009, o documentário “Claiming the Title: Gay Olympics on Trial” detalha a batalha judicial sobre o nome do evento.
Fonte: Metrópoles