O estudante de administração Maurício Martins, de 24 anos, gravou imagens que mostram o surto homofóbico de um cobrador de ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal. A vítima prestou queixa na 33º Delegacia de Polícia da cidade. O cobrador, funcionário do coletivo de transportes da empresa Urbis, falava em alto e bom som que “não era obrigado a conviver com homossexuais” e acusou os gays de terem “problemas mentais”. “Escutar todas aquelas ofensas calado foi muito difícil pra mim. Eu me senti acuado. Além disso, tive medo, porque eu estava sozinho. O cobrador declarou o tempo inteiro que nós estaríamos condenados ao inferno com nossas escolhas e que éramos deficientes”, disse. “Sou ativista LGBT, engajado, não sou discreto. Tenho o estereótipo, por isso eu senti que foi direcionado para mim. O motorista tentou argumentar com o cobrador, mas ele não desistiu. Gritou tudo em alto e bom tom”, finalizou. A Urbis disse, em nota, que repudia atitudes de ódio e intolerância dentro da sua frota e investigará a situação. A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) investiga o caso.
Passageiro filma ataque homofóbico em ônibus: “Não sou obrigado a conviver com homossexuais”
