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Passarela é lugar de modelo: influenciadores não substituem talento

Silvio Pompeu critica participação de influenciadores na SPFW e defende valorização dos profissionais da moda
Passarela é lugar de modelo: influenciadores não substituem talento

Silvio Pompeu critica participação de influenciadores na SPFW e defende valorização dos profissionais da moda

O mundo da moda vive um momento de reflexão profunda com a recente polêmica envolvendo a presença de influenciadores digitais nas passarelas da São Paulo Fashion Week (SPFW). Silvio Pompeu, renomado preparador de modelos e ex-modelo experiente, se posiciona com firmeza contra essa tendência que tem causado desconforto entre os profissionais da área.

Para Silvio, a passarela é um espaço sagrado, reservado para quem dedicou anos à arte do desfile. “Lugar de modelo é na passarela. O desfile é o ápice do trabalho de um modelo, onde todo o treinamento, a postura e a disciplina são colocados em prática. Influenciadores não possuem o preparo técnico e a neutralidade que esse momento exige”, afirma.

O impacto da invasão digital nas passarelas

O preparador chama atenção para o impacto emocional e profissional que essa substituição representa. Muitos modelos vêm de cidades pequenas, deixando suas famílias e investindo recursos significativos para realizar o sonho de desfilar na maior semana de moda da América Latina. “Existem relatos de jovens que passaram por todas as etapas do casting, foram aprovados, mas foram retirados do desfile para dar lugar a influenciadores famosos. Isso é cruel e desrespeitoso”, desabafa Silvio.

Segundo ele, o fenômeno é fruto da lógica das redes sociais, que prioriza números de seguidores em detrimento do profissionalismo. “Isso banaliza a profissão e tira oportunidades de quem realmente se preparou, de quem vive e respira moda. Muitos jovens treinam diariamente, fazem cursos e se dedicam com afinco, e ver esse espaço ocupado por pessoas sem preparo é desanimador.”

A importância da valorização dos modelos profissionais

Silvio Pompeu reforça que ser modelo vai além da estética. O papel do modelo é comunicar a criação do estilista através da postura, expressão e atitude, elementos que demandam disciplina e técnica. “A passarela é onde a arte do vestir encontra o corpo treinado para expressá-la. Não podemos permitir que isso se transforme em um espetáculo de egos. Influenciadores têm seu espaço legítimo, mas não é na passarela”, enfatiza.

Essa visão reforça a necessidade urgente de valorizar os modelos profissionais, especialmente em um momento em que a representatividade e a diversidade são tão importantes para o público LGBTQIA+. Afinal, a moda também é um espaço poderoso para expressão de identidade e inclusão, e isso exige respeito pela arte e por quem a pratica com dedicação.

Na luta por reconhecimento e espaço, a passarela deve continuar sendo o palco de quem realmente domina o ofício, preservando a essência da moda e garantindo que seu brilho seja refletido por quem carrega o talento e o esforço necessários para desfilar com excelência.

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