Foragido desde 2012, quando foi condenado por homicídio qualificado pela Justiça de São Paulo, pela morte de seu ex-companheiro, Marco Antônio Gomes, o pastor da Assembleia de Deus, Edilson Turato, foi preso em Joinville, Santa Catarina, no último dia 15 de fevereiro, e levado para audiência na 2º Vara Criminal de Joinville na última semana.
O arauto foi detido na Avenida Getúlio Vargas, na sede do templo da Assembleia. No momento da prisão, Edilson apresentou carteira de identidade, CPF e título de eleitor de seu irmão, Carlos Roberto Turato, já falecido.
Os policiais receberam a informação do esconderijo de Edilson Turato da Agência de Inteligência do 8º Batalhão da Polícia Militar, que possuía um mandado de prisão expedido pela 1º Vara Criminal da Comarca de São Vicente/SP, local onde o crime foi perpetrado. À época dos fatos, o réu foi condenado pelo Júri a 12 anos de prisão.
A defesa de Turato entrou com um pedido de habeas corpus, negado pelo juiz do caso, por entender que "o indiciado é reincidente em crime doloso contra a vida e estava foragido desde 03/09/2012".
Crime
Segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo, o crime aconteceu na noite do dia 15 de janeiro de 1997, em São Vicente, no litoral paulista, na casa onde vivia o casal. Edilson alegou legítima defesa, fato rechaçado pela justiça.
"Aproveitando-se da embriaguez da vítima e com emprego de meio cruel e surpresa, desferiu um golpe com uma garrafa na cabeça e na sequência desferiu vários golpes de faca contra Marcos Antonio Gomes, causando-lhe ferimentos na cabeça, tórax, abdômen, região dorsolombar e membros superiores", consta nos registro da justiça de São Paulo.
Nota da Assembleia
Com a repercussão da notícia, a Assembleia de Deus se manifestou por meio de uma nota, onde nega que Edilson Turato seja pastor da Igreja Evangélica e que ele "apenas frequentava o local". "Diante do fato do envolvimento do nome da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville, quando da prisão do Sr Edilson Turato, dizendo ser pastor da mesma, queremos esclarecer que: O Sr Edilson Turato não é membro e nem tem vínculo nenhum com a IEADJO."
Contrapondo a versão da igreja, com a repercussão da notícia, internautas encontraram vários documentos ligando Edilson à Assembleia. Vídeos, fotos e banners foram desenterrados onde o mesmo aparece como pastor da Assembleia de Deus. Na página da Igreja no Facebook vários fieis confirmaram que o réu fazia parte do grupo de pregadores da Assembleia.