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Pastor, gay e pai

Igreja e homossexualidade nem sempre andam juntas. O pastor presbiteriano Bret Webb-Mitchell sabe muito bem o que isso significa. Apesar de fazer parte de uma congregação pró-casamento homossexual, a United Church of Christ, Bret reconhece que sua condição de pastor, gay e pai é quase uma exceção num mundo ainda extremamente preconceituoso.

O pastor, que assumiu sua homossexualidade há 12 anos, tem dois filhos provenientes de um casamento heterossexual. Bret nunca pensou que sua saída do armário fosse prejudicá-lo, muito menos seus próprios filhos. Para contar sobre essa experiência única, o pastor escreveu “On Being a Gay Parent: Making a Future Together” (Sobre ser um pai gay: Construindo um futuro juntos), onde fala sobre a relação entre religião e homossexualidade.

Bret explica que esta seja talvez a primeira obra a abordar a questão de forma lúdica e transparente. “Escrevi este livro porque não existia nenhum que fosse pró-gay, pró-crianças, pró-família e pró-cristão. Os livros que falam sobre padres gays não são muito cristãos”, disse o pastor em entrevista à imprensa.

Quando Bret assumiu ser gay, seu filho Parker tinha quatro anos e sua filha, Adrianne, 10. Desde então, conta o pastor, as crianças foram se acostumando ao fato de ter um pai homossexual. “Fiz o que pude para ajudá-los a compreender que ser gay é apenas mais uma forma de ser”, diz. “Assistíamos [ao seriado] ‘Will & Grace’ e partes de ‘Priscila, a Rainha do Deserto'”, relembra Bret.

Segundo o pastor, ele lutou contra sua própria sexualidade durante grande parte de sua vida. “Foi o Salmo 139 que realmente me convenceu de quem eu era”, conta. “Você foi construído por Deus; eu sou o que Deus me fez.”

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