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Paulinho da Força comete gafe homofóbica e irrita militância GLBT

Durante discurso nas comemorações do Dia do Trabalho (1° de maio), o presidente da Força Sindical e Deputado Federal pelo PDT-SP, Paulinho dos Trabalhadores, afirmou que antigamente se preocupar com questões ambientais era coisa de “veado”. “Coisa de ambiente, vamos falar a verdade, até pouco tempo atrás era coisa de veado. Agora nós queremos fazer com que todos os trabalhadores defendam o meio ambiente”, discursou o líder sindical. Sua fala infeliz promoveu inúmeras discussões entre o movimento gay brasileiro. Nesta quarta-feira 2, a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros), enviou nota de repúdio ao comentário do deputado. Na nota, a Associação afirma que espera “desculpas com a comunidade gay e especialmente com os milhões de trabalhadores homossexuais que sustentam sindicatos e a máquina da Força Sindical”. A Coordenadoria de Diversidade Sexual (CADS), da Secretaria Especial para Participação e Parceria, da Prefeitura de São Paulo, também enviou nota à imprensa: “Acreditamos que defender o meio ambiente é um exercício de cidadania de quem se preocupa com o futuro do planeta Terra. E que não só trabalhadores, mas todo e qualquer cidadão consciente, e independente de sua orientação sexual, deve ater-se à busca por uma melhor qualidade ambiental para o planeta”, afirma a nota do órgão. “Viados não, senhor Paulo Pereira da Silva, até porque quando empregada aos homossexuais a palavra “viado” não remete à fauna, mas, sim, a desviados sociais, a transviados, a marginalizados, a toda uma carga negativa que não agrega em nada à discussão dos GLBTT. Essa não deve ser a tônica de uma festa para comemorar o dia do trabalhador”, explica a CADS em nota. “Tem muito gay, lésbica, bissexual, travesti e transexual trabalhador. E a Força Sindical deveria pautar a inclusão desse segmento no mercado de trabalho, visto que a exclusão já começa quando de uma entrevista para emprego, e reforça-se quando o presidente da Força Sindical e deputado federal se utiliza desse termo pejorativo”, finaliza o comunicado.

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