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Paulo Agulhari e André Pomba opinam sobre lei que regulariza profissão de DJ

Foi aprovado pelo Senado o Projeto de Lei 740/07 de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP) que legaliza a profissão de Djs. Segundo o autor da lei, os profissoinais poderão contar com aposentadoria, piso salarial e que a categorai será valorizada. Mas há polêmica. Pois, com a aprovação da lei os DJs terão que obter diploma e ter  registro no Ministério do Trabalho para exercerem a função.

Para saber como anda o clima entre os profissionais da classe, pelo menos no que diz respeito a cidade de São Paulo, conversamos com Paulo Agulhari, DJ residente da Bubu e organizador da festa Fun!, e com André Pomba, DJ residente do clube A Lôca e criador da festa dominical Grind.

Paulo Agulhari acredita que a exigência do diploma vai melhorar a classe dos DJs. "Vai ser melhor, pelo menos vai se profissionalizar a coisa e não vai banalizar como está aí hoje, o cara chega lá com Ipod e fala que é DJ", opina. Agulhari no entanto  reconhece que para os DJs que já estão aí será mais difícil. "Teremos que fazer um curso rápido para pegar o diploma", disse.

Sobre o diploma André Pomba disse que se não estiver enganado, "aqueles que já trabalham não terão esse problema". Mas, aponta outra perspectiva em relação a questão da lei.

"Tenho uma opinião particular a respeito desse assunto: espero que não ocorra com o DJ o mesmo problema que ocorre com a Ordem dos Músicos, que é virar uma perseguição a pessoas que não tem curso e que tocam por prazer", adverte. Para o DJ da festa Grind  a "arte não pode ser perseguida por uma burocracia de uma Ordem dos DJs".  Apesar do questionamento, André faz questão de deixar claro que é "a favor" da lei.

A lei promete estipular um piso salarial aos DJs. Será que as casas irão seguir o piso? "Não sei, isso vai da relação entre a casa e o Dj. Mas acredito que sim, se for vantajoso pra casa ter aquela pessoa lá, eles vão pagar" aposta Paulo Agulhari.  Já André Pomba disse que existe "um piso e um negócio".

Com a nova regra, os profissionais terão que possuir diploma para tocar em festas e boates, portanto, todos terão que fazer curso profissionalizante. Tanto Agulhari quanto Pomba acreditam que fazer uma escola sempre ajuda o DJ. "A pessoa tem que fazer escola e tem que ter um pouco de talento. Mas é fundamental para saber as regras básicas, saber mais sobre sequência. Eu não fiz porque quando comecei não tinha isso. Aprendi  trabalhando" contou Agulhari.

"A escola sempre ajuda", garante André Pomba, mas ele aponta um outro caminho em relação a exigência do certificado. "Qual será  o padrão que os caras vão usar para saber se eu sou DJ ou não? Que eu sei mixar?", pergunta. "Eu não sei mixar, mas sou melhor que muito DJ que sabe. E saber mixar não é parâmetro de um bom DJ. O bom DJ é aquele que sabe tocar bem e sabe fazer pista", responde em seguida Pomba.

André diz que tem um monte de DJ que tem curso, são técnicos e não são bons DJs. "Eles tocam para eles", analisa. "Ou é aquele DJ que toca pra outro DJ", filosofa. O criador do grind faz ainda uma comparação com outra categoria de musico. "É igual os guitarristas que são técnicos e são punheteiros, só gosta dele quem é guitarrista".

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