A primeira vez que vi as tirinhas da Katita foi no jornal GLS – Gente Livre Sim, editado pela Sandra Catarina e distribuído em casas noturnas de São Paulo. Foi paixão à primeira vista! Eu não perdia nenhuma edição!
Em 2005, o então prefeito José Serra criou a Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads) e fui trabalhar lá ao lado do meu grande amigo e Coordenador Geral, Cássio Rodrigo.
Juntos, desenvolvemos vários trabalhos para o segmento LGBT e convidamos Anita Costa Prado, roteirista e criadora da personagem Katita, para uma reunião que resultou em uma grande parceria.
Ela cedeu a personagem para estampar vários trabalhos da Coordenadoria, como postais, cartilhas, exposições e feiras, o que fez com que a personagem deslanchasse.
Anita começou então a colocar os funcionários e estagiários como “personagens” em suas tirinhas. Porém, as pessoas foram saindo, indo trabalhar em outros lugares e como a autora se inspira em fatos reais, meu personagem se solidificou, assim como nossa amizade.
Cheguei inclusive a “pedir/encomendar” tirinhas como. por exemplo, colocando meu sobrinho Renan e meu papagaio Caco. Em 2008, trabalhando na Secretaria de Cultura e como chefe do Ponto de Leitura Olido, convidei Anita para um bate-papo que só aconteceu em agosto de 2009, no mês da Visibilidade Lésbica, sob o título: “Lésbicas e Afins no Quadrinho Nacional.”
Este foi o resumo da minha trajetória como pessoa que se viu retratada em quadrinhos.
* Regina Genda (Takeo) é paulistana e trabalha na Prefeitura de São Paulo desde 1973. Exerceu atividades na Cads (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual), Secretaria Municipal de Cultura (Galeria Olido) e atualmente atua na Coordenadoria do Idoso.
