Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde espanhol em parceira com a administração regional de Madri e a Ong pró-gays Triângulo, apontou que 70% dos homens que se prostituem no país são brasileiros.
Os resultados mostram também que há uma relação direta entre o aumento no número de brasileiros migrando para a Espanha e a escalada nos índices de prostituição. Os números são, de fato, eloqüentes: em 2005, os brasileiros eram 36% da força de trabalho no mercado do sexo; em 2006, o número bateu em 55% e no ano passado atingiu o impressionante percentual de 68%.
“Diferente de algumas mulheres que chegam à Espanha enganadas ou forçadas a se prostituir por máfias ou redes de prostituição, os homens sabem onde estão e a exercem por vontade própria”, argumenta a antropóloga Maria Pelaez, coordenadora do estudo.
A pesquisa apontou ainda que a prostituição masculina é praticamente invisível. Mais discretos, os homens utilizam-se majoritariamente de saunas, casas de prostituição e internet. Apenas 1% anuncia em jornais e 9%, ilegalmente nas ruas.