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Pesquisa mostra que aproximadamente 72% dos homossexuais presentes à Parada do Orgulho GLBT de São Paulo já foram vítimas de algum tipo de discriminação por conta de sua orientação sexual

Lançada essa semana, a pesquisa “Política, Direitos, Violência e Homossexualidade” revelou que quase 72% dos homossexuais presentes à Parada de São Paulo, no ano passado, já foram vítimas de algum tipo de discriminação por conta de sua orientação sexual. A pesquisa aponta também que 65% já sofreram agressões verbais, físicas ou sexuais pelo mesmo motivo. Ainda de acordo com o estudo, é por amigos e vizinhos que eles mais afirmam ter sido discriminados. Dos entrevistados, 34% sofreram esse tipo de agressão por parte de amigos ou vizinhos. Seguido de perto por discriminação na escola ou na faculdade, citado por 32%. Ainda foram citados o ambiente familiar com 25%; trabalho, 16%; e serviços de saúde com 12%. “Uma possível interpretação é que exatamente dessas pessoas eles esperam maior apoio, por ser mais dolorido isso os marca tanto. A pesquisa depende da percepção e da memória dos entrevistados”, avalia a antropóloga Regina Facchini, vice-presidente da Associação da Parada GLBT de São Paulo (APOGLBT-SP) e uma das autoras do estudo, referindo-se ao fato de que justamente nos convívios mais íntimos em que aparecem a maior quantidade de caso de discriminação. Outro dado relevante da pesquisa aponta que 18% dos entrevistados já sofreram algum tipo de violência física. Em 48% dos casos por autores desconhecidos e em espaços públicos, como ruas e praças. A pesquisa revela também que mulheres, lésbicas ou bissexuais, sofrem mais com violência doméstica do que os homens gays. Enquanto no grupo feminino a taxa é de 22% entre as bissexuais e 27% nas lésbicas, no grupo masculino a taxa é de 8% e 16%, respectivamente. Desde 2003, a pesquisa é realizada no Rio de Janeiro e em 2004, em Porto Alegre. O quadro mostra que não foi à toa que o tema “Homofobia é crime!” foi escolhido para a parada de São Paulo, desse ano.

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