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Pesquisa revela que maioria de jovens não se considera preconceituosa, mas boa parte se afastaria de um amigo gay

Uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional (http://www.educacional.com.br), o maior portal de conteúdo educacional do país, traçou o perfil de estudantes de escolas particulares brasileiras. A pesquisa, que faz parte do projeto “Este Jovem Brasileiro”, idealizado e coordenado pelo psiquiatra Jairo Bouer, colaborador do portal, ouviu cerca de 6.500 jovens, de 54 escolas particulares, em 17 estados. O resultado desta pesquisa dá pano de manga para muitas discussões, mas entre outras coisas a pesquisa revelou que os jovens entre 14 e 16 anos se enxergam de maneira bastante diferente de como realmente são. Entre os assuntos pesquisados estavam política, meio ambiente, honestidade, preconceitos e individualismo. Uma das perguntas da pesquisa era “sou uma pessoa sem preconceitos?”. Cerca de 82% dos jovens entrevistados declararam que não se consideram preconceituosos, mas 50% desses jovens acham que o preconceito não atrapalha o desenvolvimento do país. Porém, não temos muito que comemorar com esta declaração, porque quando perguntados sobre a possibilidade de ter vizinhos gays, por exemplo, 26% dos estudantes afirmam que ficariam contrariados. Para quase 40% dos jovens a descoberta da homossexualidade de um amigo seria suficiente para decretar o afastamento. Esse índice, sobe para 58% no caso dos meninos e cai para 17% de acordo com as respostas das meninas Do total, 40% dos jovens disseram que já foram vítimas de algum tipo de preconceito. Embora tenham mais atitudes intolerantes do que admitiram inicialmente, 90% disseram que nunca se sentiram obrigados a adotar um discurso mais preconceituoso por pressão do grupo, 84% namorariam alguém de outra raça ou grupo social e quase 95% não terminariam esse namoro por pressão do grupo de amigos. Sobre esses resultados Bouer declarou que “o que dá para a gente perceber é que ter um preconceito ou outro não significa, para muitos jovens, considerar-se preconceituoso, o que revela uma certa tolerância com algumas formas de discriminação. É quase como se houvesse um espaço para um pouquinho de preconceito, desde que outras formas de discriminação possam ser evitadas ou até combatidas”.

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