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Pesquisadores descobrem anticorpos que derrotam o HIV

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Scripps (EUA) e de duas empresas de biotecnologia foi divulgada ontem no site do periódico "Science", revelando a descoberta de um anticorpo que derrota o HIV e pode auxiliar na criação de uma vacina.

Os anticorpos são moléculas produzidas pelo sistema de defesa do corpo que lutam contra bactérias, vírus e outros invasores. O HIV é mestre em driblar essas moléculas.

Descobertos pelos cientistas, os anticorpos PG9 e PG16 são especiais porque atacam uma região do HIV que é comum à maioria das variedades do vírus. Foram testados contra 162 linhagens, e conseguiram neutralizar mais de 120. Uma quantidade alta e inédita.

No futuro, se for possível produzir uma vacina que estimule a produção destes anticorpos, as pessoas poderão ser imunizadas contra a Aids. A eficiência do PG9 e do PG16 não chega a 100%, mas a cerca de 80%, o que já é um bom sinal.

"Certamente vamos encontrar mais [anticorpos]. Isso deve acelerar o desenvolvimento de uma vacina", disse Wayne Koff, da Iavi (Iniciativa Internacional de Vacinas contra a Aids, na sigla em inglês), à Folha de São Paulo.

"A grande novidade foi que eles, talvez os melhores cientistas do mundo na área, conseguiram desenvolver um meio novo e eficiente de rastrear os anticorpos", acrescentou Ésper Kallás, infectologista da USP.

Apesar das grandes descobertas, cientistas trabalham sempre com a possibilidade do erro. Vacinas antiaids chegaram até a fase de testes clínicos, mas falharam. O caso mais famoso foi a vacina da Merck, em 2007. "Quem tomava vacina, dependendo do risco, tinha até mais chance de ter vírus", disse Ricardo Diaz, da Unifesp.

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