Em um primeiro momento, pesquisadores da Universidade de Boston criaram o que eles chamam de preservativo “autolubrificante” – e um fabricante de preservativos já está em posição de destaque.
Ao contrário das opções lubrificadas atualmente disponíveis, os preservativos projetados pela equipe da BU têm um revestimento de polímero que pode prender a umidade coletada na água e fluidos corporais na superfície do preservativo, resultando em um preservativo autolubrificante que pode permanecer escorregadio durante o uso sem a necessidade de adicionar qualquer lubrificação adicional.
Preservativos existentes normalmente usam lubrificantes à base de silício que podem repelir a umidade, levando a superfície a ficar um pouco pegajosa e requer assistência para permanecer lisa e eficaz.
Até agora, o novo preservativo não foi totalmente testado, mas um teste de toque e uma pesquisa mostraram resultados promissores. 85% das pessoas que participaram do estudo sentiram que o novo material era o mais escorregadio, comparado aos preservativos tradicionais de látex, bem como os preservativos em combinação com o lubrificante.
“As pessoas acharam [o escorregadio] uma característica atraente”, disse Mark Grinstaff, um dos pesquisadores por trás do estudo. “Aqueles em nossa pesquisa que normalmente não usam preservativo disseram que considerariam usar um preservativo se ele permanecesse escorregadio assim.”
Nove entre dez participantes disseram que usariam um preservativo feito deste material sobre o preservativo usual de látex.
A pesquisa sobre o material já dura cerca de três anos e incluiu quase 1000 formulações diferentes para alcançar o material atual.
O projeto começou após uma chamada de propostas da Fundação Bill e Melinda Gates, que pressionavam por novas tecnologias que pudessem aumentar a adoção de preservativos em todo o mundo. A Fundação concedeu US $ 100.000 aos 11 pesquisadores deste projeto.
“Prevenir a propagação do HIV e outras doenças é extremamente importante”, disse Grinstaff. “Essa realmente foi a força motriz para a criação de novas tecnologias aqui.”
Como o uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) cresceu, o uso de preservativos diminuiu como uma proteção para o HIV. Como resultado, a incidência de outras ISTs também cresceu.
Stacy Chin, outro dos coautores do estudo, é o CEO da HydroGlyde Coatings. A HydroGlyde Coatings já levantou US $ 1,4 milhão em financiamento para levar este material ao mercado.
