Como não conseguiram resultados significantes na luta contra a epidemia de AIDS, que matou milhões de pessoas só no ano passado, cientistas em várias partes do mundo mudaram a forma de pesquisa. Os novos estudos irão investigar se os remédios usados no tratamento podem servir para se prevenir do vírus.
A boa notícia é que uma das pílulas, se tomada antes das relações sexuais, poderia evitar a transmissão do HIV. A tese, no entanto, gera uma série de questões éticas sobre a prevenção da AIDS, entre elas, quem deveria tomar o medicamento, em quais circunstâncias e quais seriam os efeitos colaterais.
Sheena McCormack, especialista em prevenção de HIV do Imperial College, disse que as saunas gays seriam um local onde o uso da pílula poderia ser recomendado. Ela ainda afirmou que, em todo o mundo, o ideal seria a utilização da pílula preventiva somente em grupos com alto risco de contágio, como prostitutas ou usuários de drogas injetáveis, que tomariam diariamente o remédio.
Drogas anti-retrovirais já são usados na prevenção da transmissão do HIV de mães para seus bebês durante o parto, os cientistas esperam que o mesmo resultado possa ser obtido durante o sexo.